Sou seu destino

Capítulo 65

Mary Ann estava cansada, mas tinha um sentimento de satisfação, de missão cumprida, que compensava todo cançasso que comecava a abater-se sobre ela.

Os convidados despediram-se, e a Duquesa acreditava que tinham apreciado a celebração; teria de tecer muitos elogios merecidos a Brian, Janet e todo staff, que foram impecáveis.
Ela lembraria deste evento por muitos anos, fora um dia lindo.

Encaminhou-se para a biblioteca, à procura de Andrew, que sumira logo em seguida do brinde aos noivos. Ela o vira conversando com Lord Blackstone, que trouxera os cumprimentos do primeiro Ministro, e de Suas Majestades, mas depois disso, seu marido simplesmente desaparecera. Com certeza, devia estar reunido com seus pares a falar de negócios, ou, a tomar um cálice de xerez, num lugar mais sossegado; ultimamente Andrew andava muito tenso, impaciente até. Ele estava mesmo precisado de férias, Mary Ann pensou preocupada.

Na biblioteca ele não estava, também não estava no gabinete...
Achou muito estranho não encontrá-lo, e sentiu uma impressão ruim. Não era seu costume sumir, e deixá-la por tanto tempo; e ele não se recolheria sem ela, não, Andrew não faria isso.

Ela estivera tão entretida com a festa e com os convidados, que não  buscara saber dele antes, e agora sentia-se culpada. E se tivesse ocorrido algo? E se ele, talvez, estivesse preso em uma conversação desagradável e, necessitasse da ajuda dela para  desvencilhar-se de algum convidado massante? Se fosse esse o caso, o encontraria muito contrariado, e não conseguiu deixar de rir com este pensamento, pois Andrew de cara fechada, fingindo atenção, era muito engraçado!
Amava seu marido! Amava até mesmo esses pequenos detalhes e maneirismos, que ela aprendeu a reconhecer com o convívio diário e de tantos anos.

—Milady!

—Sim? —Mary Ann parou em frente a porta da sala de estar ao ouvir Belinda chamá-la —Está tudo bem com as crianças Belinda?

—Sim Milady, elas estão dormindo —Belinda disse aproximando-se.

—Que bom! —Mary Ann sorriu, e pegando nas mãos de Belinda —Espero que tenha aproveitado a festa! Brian está de parabéns! Foi tudo perfeito!

—Ele está muito contente Milady! —Belinda falou dando um sorriso triste.

—Mas o que houve querida? Parece triste...

—Milady... —Belinda começou —Johnny pediu-me que eu a encontrasse e, a conduzisse ao dormitório de Milorde.

—Mas porque Belinda? —Mary Ann perguntou tensa.

—Milorde Hewitt sentiu-se mal e agora encontra-se acamado. Johnny, Lorde Parrish, Robert e o Doutor Philips estão com ele.

—Meu Deus... —Mary Ann sentiu que as forças lhe fugiam. Pensou que cairia se não fosse amparada por Belinda que sustentou-a, para que respirasse fundo e voltasse a sentir o chão sob os pés.

—Milady! Por favor, respire... —Belinda dizia nervosa —Quer sentar-se?

—Não Belinda! —Mary Ann falou puxando ar —Vou até ele!... Me ajude até lá, por favor.

                                           
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Joanne custava a acreditar.

Se não tivesse visto e ouvido; se outra pessoa lhe relatasse, mesmo se fosse alguém da sua maior confiança, ainda assim duvidaria.

A crueldade com que Amanda tratou Agnes, fora horrível.

Ainda mais grave por ter sido na frente de muitas pessoas, que claro, não teriam a caridade e a gentileza de não comentar ou espalhar para outros, o relato da cena deplorável que presenciaram.