addicted to you 💌 brightwin

BONUS II

BRIGHT

Ok, talvez adotar uma criança tenha sido uma das decisões mais precipitadas de toda a minha vida, ou melhor, foi uma das decisões mais precipitadas que já deixei o Win tomar. Ele visivelmente não sabe como lidar com uma criança birrenta e eu odeio choro de criança. Quero dizer, o meu filho é a criatura mais graciosa de todo o universo, mas ele tem seus defeitos como toda criança, e só Metawin não vê isso.

— Você sabe que manter as opções dele em aberto só vai transformar ele em uma criança mimada e um adulto frustrado, não sabe? — Indago mantendo meu olhar no artigo em meu iPad. Posso sentir o olhar de desaprovação de Win, ele odeia ser criticado.

— Você tem uma solução melhor?

Ergo meu olhar para ele e me permito ficar de joelhos em frente ao River, pego o Homem de Ferro em tamanho médio e o colo perante ao menor. Ele olha para o brinquedo e para mim.

— Ou você brinca com isso ou não brinca com nada. Não vamos voltar lá e comprar nada pra você, já tem brinquedos demais.— Falo e o menino não diz nada, apenas fica me encarando como se eu fosse uma incógnita.

— Não seja assim, meu amor, eu vou lá em cima buscar a carteira e o papai vai te levar aquela loja novamente, ok? — Win fala e vejo a expresso do loiro mudar para uma alegre. Seguro o braço do meu marido e o privo de se levantar.

Me levanto e o puxo para um canto enquanto o pequeno River senta-se e chute o Homem de Ferro dele. Ah mas ele ainda vai brincar com esse boneco até ele saturar. Suspiro olhando para o moreno em minha frente e tento achar palavras apropriadas para aquela situação que não sejam "porra" "burro" e "estúpido de merda".

— O que você acha que está criando? Ele é uma criança e você está transformando ele num monstro, não há uma coisa sequer nesse mundo que o River queira porque você sempre dá muitas opções pra ele e nem sempre vai ser assim.

— Bright não seja tão duro. O River já passou por muita coisa, ele foi abandonado, precisa de todo amor do mundo.

— Amor não é bem material seu imbecil! — Acabo falando alto demais o que atrai a atenção do mais novo.

— Win imbecil! — River reproduz e embora eu sinta vontade de rir, eu me contenho para não levar um cascudo.

Quando estamos sozinhos eu chamo o Win de coisas bem piores e esse boquinha de nós todos não fala nada, mas agora ele resolveu que vai reproduzir tudo de ruim que eu falo só pra me encrencar. Amo meu filho. Metawin decide que me ouvir é inútil e pega River no colo subindo as escadas com ele. Eu decido não relutar mais e apenas volto a ler meu artigo para me preparar para um novo trabalho.

Desde que voltamos para a Tailândia consequentemente com uma criança, o Win decidiu que vai se dedicar inteiramente ao River, com toda razão  e a parte do trabalho vai ficar comigo. Ganho o suficiente obviamente para sustentar nós três e a Ame, que inclusive é super apegada á ele. Depois de alguns minutos, Win desce as escadas novamente e senta na poltrona ao meu lado demandando atenção da minha parte. Eu fecho a tela com o artigo e olho para o rapaz ao meu lado.

— Eu estava pensando em fazer algo hoje a noite, sabe, só nós dois, já tem um tempo que a gente não fica a sós.— Diz ele deitando a cabeça em meu ombro, eu afago seus cabelos e ele ri baixinho.