013

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Eu ainda estava lendo e relendo as últimas mensagens que Bright havia me enviado quando o mesmo apareceu em minha casa. Khaotung abriu a porta com o cenho franzido e o cumprimento formalmente. Como ele consegue mexer tanto com meu psicológico apenas com palavras, eu não conseguia entender.

— Win? — Gun me chamou mas eu ainda estava vidrado no celular.— Escuta aqui moleque se você continuar me ignorando eu vou jogar esse seu celular na privada e dar descarga.

— Perdão. Estava resolvendo algumas coisas com P'Zhun.— Menti descaradamente e me levantei cumprimentando Bright que estava com o braço lotado de sacolas de mercado.

— Cadê o Off? — Perguntou ele olhando em volta.

— Gastando a água do mundo no chuveiro.— Gun respondeu com desdém e eu lhe lancei um olhar mortal.

— É um milagre ele estar tomando banho de qualquer forma.— Riu Bright.— Bom, eu trouxe algumas bebidas.

— E o que estamos esperando? Vamos ficar loucos! — Khaotung disse ajudando Bright com as sacolas.

Fomos para os fundos, meu quintal era deveras grande e espaçoso o único problema é que quase nunca está organizado. Culpa do Jirakit que constroe os protótipos dele aqui e larga tudo pelo chão, uma vez eu cortei meu pé com uma travessa de vidro que ele largou quebrada no chão, tenho a cicatriz até hoje.

— Gun pode ligar para o Drake, por favor? Ele já deve estar livre já que o pessoal da sonoplastia não costuma ficar na One até tarde.— Pedi para o menor e ele concordou indo buscar o celular.

— Drake?

— É meu amigo.— Expliquei e ele assentiu.— Por quê não trouxe o Mike? Já tem um tempo que não o vejo!

— Ele está...ocupado.— Respondeu o outro, eu concordei mesmo não sentido tanta firmeza no que o rapaz havia dito.— Você parece melhor que mais cedo quando nos vimos na One, explique esse fenômeno?

— Como assim "melhor"? — Indaguei abrindo a garrafa de cerveja e entregando a outra para ele.

— Você parece mais bonito. A cada vez que eu te vejo.— Bright falou molhando os lábios e eu pisquei repetidamente passando a mão nos cabelos. Eu não sei esconder quando estou envergonhado, isso me quebra. — O quê foi?

— É que ninguém nunca me elogia tanto quanto você, é meio novo pra mim, por isso não consigo esconder quando estou com vergonha.— Dou de ombros bebendo um pouco da cerveja.

Drake chegou minutos depois, vale lembrar que Jirakit chegou dois minutos após ele. Será que eles vieram juntos ou eu estou delirando? Corri para abraça-lo e o mesmo retribuiu, eu sou muito apegado aos meus amigos, principalmente a Drake e Khaotung já que os dois foram os primeiros a fazer amizade comigo.

— Drake esse é o Bright, Bright esse é o Drake, meu melhor amigo.— Falei empolgado puxando o de cabelos longos para onde eu e Bright estávamos.

Os dois se saudaram formalmente e nos sentamos em círculo logo depois que Kit e Off se juntaram a nós. O clima estava agradável e Bright conseguiu se encontrar em nossas conversas, o único problema era Off e Gun, eles não se falavam e quando abriam a boca para dizer algo terminava em insulto. O único que estava rindo da desgraça toda era Kit, para variar.

— Então Bright, como conheceu nosso cristal? — Drake perguntou.

— Na convenção da empresa. Depois fomos para uma festa na cobertura de Neen e comemos pizza juntos.— Com ele falando desse jeito parece até que foi a melhor noite de todas.— Metawin é muito especial, por isso resolvi me tornar amigo dele.— O acastanhado olhou para mim e piscou os dois olhos. Eu não respondi nada apenas desviei o olhar para meu garrafa.

— É engraçado porque até dias atrás o Win dizia que queria lamber o abdômen do Bright e agora ele está agindo como a Madre Teresa.— Jirakit falou fazendo os outros rirem e eu arregalei os olhos cobrindo meu rosto.

Merda Kit, eu te odeio.

— Vamos jogar body shot! — Jumpol levantou sua lata de energético para o alto e os outros concordaram. Eu permaneci sentado e Bright igualmente, eu estava desconfortável depois do comentário de Kit, é claro que ele não fez por mal, mas minha insegurança torna tudo difícil.

— Vamos dar uma volta.— Vachirawit deixou a garrafa no chão e segurou minha mão me levando para longe dali, saímos da minha casa e eu lentamente tirei sua mão do meu pulso.— Seus amigos são engraçados.

— São invasivos.— Corrigi e ele comprimiu os lábios.— Desculpa pelo que o Kit disse.

— Não precisa se desculpar. Sei que ele não fez por mal. Mas, não é errado sentir desejos carnais, Win.— Confessou o outro chutando as pequenas pedras que estavam no caminho.

— Hum.

— O quê foi?

— É que você não me chamou de Metawin.— Dei de ombros enfiando as mãos no bolso do casaco. Pude ver um sorriso brotando no canto de seus lábios.

— Você gosta? Quando eu te chamo de Metawin?

— Passei a gostar depois que você me disse o significado por trás da formalidade quando você me chama.— Expliquei projetando os lábios para o lado. Bright parou de andar e ficou diante de mim, eu fiz o mesmo mas não o olhei. Novamente eu não conseguia. O outro segurou a ponta de meu queixo e ergueu meu rosto para si.

— Metawin. Seu nome é lindo e único, como você. E pode me repreender por te envergonhar, eu não ligo, eu gosto quando suas bochechas ficam vermelhas, ou quando você olha pra baixo por não conseguir olhar em meus olhos direito. Sei que são suas inseguranças atacando e gostaria de acabar com todas elas, mas o que posso fazer se isso te torna mais único e perfeito para mim?

— Para você?

— Aos meus olhos. Foi o que quis dizer.— Bright levou uma das mãos até minha cabeça e bagunçou meus cabelos.— Estou viciado em você.

Oh merda. O plano era ignorar meu amor platônico, mas o lance é que agora quem está gostando de mim é ele? Eu estou entendendo bem?

— É melhor voltarmos. Está fazendo frio aqui fora.— Pisquei dando meia-volta e continuando a andar.

addicted to you 💌 brightwinOnde histórias criam vida. Descubra agora