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Enfim era quarta-feira. Meio de semana e para qualquer um poderia ser um dia normal, mas, para mim era o dia de ficar em casa. Claro que eu iria trabalhar, fazer meus relatórios e mandar tudo para P'Zhun, mas com a chuva que está lá fora, eu fico extremamente contente por não ter que me levantar e ir para a One hoje.

Minha cabeça ainda dói um pouquinho parece que ingeri álcool demais ontem e me lembro de coisas muito vagas. Sigo para o banheiro me arrastando feito uma lesma e faço minhas higienes, desço as escadas pelo corrimão como se estivesse em uma propaganda de achocolatado e ao ver Bright parado na ponta da escada dou um jeito de desacelerar a decida, caso contrário cairia por cima dele.

— Quando chegou? — Perguntei sorrindo ao vê-lo. Pouso perfeitamente e o abraço apertado. Ele não se mexeu.

— Há duas horas atrás. Não queria te acordar então fiquei aqui esperando.— Explicou ele. Tinha algo de diferente em sua forma de falar e de se comportar.

— Bom, então vamos tomar café juntos.— Disse segurando sua mão e lhe puxando para a segunda sala, mas Bright novamente não moveu um músculo sequer. Suspirei e olhei para ele como se quisesse dizer "qual é a tua?"

— A gente pode fazer o que você quiser depois que me explicar o que estava fazendo com o Mike ontem no Bohnsoury.— E dito isso ele jogou um jornal em meu rosto. Primeiro, de onde ele tirou aquele jornal, segundo, quem lê jornais? Terceiro, postam fofocas em jornais? — E aí Win?

Cocei meus cabelos não por estar nervoso mas por estar surpreso com o nível de infantilidade do mesmo e tentei ignorar o fato de ele me chamar de 'Win'. Sim, eu estava mal acostumado.

— Qual o problema Bright? A gente se encontrou ontem e eu chamei ele pra jantar, não tem nada demais nisso.

— Ah qual o problema? — Ele riu sarcástico.— Como se sentiria em saber que enquanto você estava em outro país seu namorado estava saindo para jantar a luz de velas com seu melhor amigo?

— Errou. Eram velas aromáticas.— Falei mas parece que aquilo só piorou o clima. Bright passou a mão no rosto e bufou irritado.

— Não me importo com a porra das velas! — Gritou ele.— Não gostei de ver você lá, como se fossem um casal, foi ridículo, eu estou decepcionado.

— Ah você está decepcionado? Ok. Já que estamos em um momento de perguntas e respostas, me diga então o porquê de você ter trocado os recados na cesta que você supostamente enviou para mim! — Gritei espalmando minhas mãos em seu peito. Ele virou o rosto e nada disse.— Viu? Você cobra tanto das pessoas e é um mentiroso de quinta, não adianta você mentir pra mim, eu sempre vou descobrir.— Retruquei irritado.— Eu só fico me perguntando por quê você fez isso.

— Porque eu amo você.

— Isso é amar? Pra mim o nome disso é obsessão. Você...você passou a perna no seu melhor amigo e pra quê? Achou que eu te amaria mais por causa disso? Bom, você acertou porque até eu descobrir eu me achava a pessoa mais amada do mundo, agora me sinto um objeto que você usou para competir com uma pessoa que nem sequer gostava de mim do mesmo jeito que você.— Terminei de falar e dei as costas para ele. Bright segurou minha mão e eu tentei soltar mas ele segurou com mais firmeza.

— Você não é um objeto. Não para mim.

— Jura porque...

— Metawin! Fiz aquilo porque tinha medo de perder você para o Mike, eu não sabia que ele não gostava de você desse jeito, como eu poderia adivinhar vendo meu amigo mandar uma cesta de café da manhã para o cara que eu gosto? O quê você faria? — O moreno disse reduzindo seu tom de voz gradativamente. Sua destra veio de encontro com minha bochecha mas eu me afastei na mesma hora. Estava cansado e o dia mal havia começado.— Win...

— Não enche tá.— Tirei sua mão do meu rosto e ele abaixou a cabeça.— Vou assistir My OP e tentar não vomitar quando você aparecer na minha tela.

addicted to you 💌 brightwinOnde histórias criam vida. Descubra agora