°°••Capítulo 4: Enlouquecido••°°

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POV: Harry

Então está dizendo que o deixaram na sua porta dentro desse carrinho? — Apontei para o carrinho de bebê atrás do sofá.

— Exatamente.

— Já checou as câmaras de segurança? Como podem ter entrado e ninguém viu?

— Há uma passagem para famosos na parte de trás com um elevador e sem câmaras — ele responde esfregando as têmporas.

Ele olha para o menino brincando em meu colo e balança a cabeça em sinal de negação.

— Era alguém que te conhecia, e também acho que você pode ter algo haver com esse pequeno — digo entregando o coelhinho de pelúcia que o garoto joga para todo lado.

— Não, eu não posso.

— Pensa um pouco, ele deve ter mais ou menos uns dois anos, com quem você andava nessa época? — Questionei, mas só serviu para aumentar ainda mais sua inquietude.

— Não importa se ele tem ou não algo haver comigo, não posso e não quero  ser pai dele!

Entendia sua frustração, mas ele não poderia simplesmente gritar e esquecer que a criança não tinha a culpa por nada.

— Vai se acalmar agora, ou saia — disse enquanto distraia o pequeno para que não voltasse a chorar — dê uma volta e quando estiver mais calmo volte para resolver isso.

— Eu...

— Apenas vá. Não vê que está assustando o garoto — digo já de pé, balançando-o de um lado para o outro.

— Eu... eu vou — ele olhou-me mais uma vez e saiu batendo a porta do apartamento.

Depois de um segundo foi que parei para pensar, ele havia me trancado e sabe-se lá quando voltaria.

Ótimo, não havia almoçado e também precisava jantar. Olhei para o garotinho e rezei para que tivesse algo comestível e apropriado naquele lugar.

Revirando os armários descobri que ao contrário do que sempre pensei, meu chefe possuía uma dispensa repleta de nada e uma geladeira com nada mais que água.

— Isso só pode ser brincadeira? — sorria de nervoso.

Quebrei a cabeça imaginando como faria, eu até poderia passar a noite sem comer, de uma forma ou de outra tinha fartado o estômago de porcarias quando fui as compras mais cedo. Agora tinha uma criança, que eu não fazia ideia de quanto tempo estava sem comer e muito menos sabia o que dar para ele.

— Certo bebê, estamos em uma situação complicada.

Tirei o celular do bolso, e pesquisei até encontrar o telefone da recepção do condomínio.

Tive então de passar com o vigilante, depois para a gerência e por fim, falei com a administração. Tudo para conseguir que abrissem a porta do apartamento.

— Obrigado — agradeci ao guarda que veio nos socorrer, ele era um alfa de um porte enorme, tinha cabelos e barba longas que se emaranhavam de cor escura, descobri que seu nome é Rubeus Hagrid. — Tem algum telefone de restaurante aí? — Perguntei por acaso.

Não era muito bom na cozinha e de qualquer forma eu não poderia sair para fazer compras já que nessa casa só tem água.

— Acho que tenho um cartão de visita aqui — o guarda procurava pelos bolsos da calça — ah, aqui — ele me entregou o papel.

— Obrigado novamente Hagrid — ele acena com a cabeça antes de se retirar do apartamento.

Olhei para os telefones no papel e liguei em seguida, agradecido por eles entregarem e depois pela recepção ter trazido para o apartamento tão rápido.

Meu CEO insuportável Onde histórias criam vida. Descubra agora