°°••Capítulo 6: O comentário••°°

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POV: Draco

Depois de tomar uma ducha quente, escovar os dentes e vestir-me, sai do quarto para a cozinha, encontrando um dos guardas entregando algumas sacolas para o Sr. Potter.

— Obrigado Hagrid — ele disse agradecido ao segurança.

— Não tem de que senhor — ele lhe deu um sorriso gentil e saiu.

De verdade me deixava louco o modo como ele conseguia se socializar com tanta rapidez, mas deixando aquilo de lado, minha atenção se voltou para o garoto que armava um alvoroço na sala.

— Quê? Isto é um desastre — digo ao ver toda minha decoração espalhada pelo piso e meus móveis danificados por algo que depois descobri ser tinta.

Eu queria matar o menino, pendurar o secretário e amaldiçoei quem teve a ideia de girino de deixa-ló em minha porta.

— Senta, vamos tomar o café da manhã e discutimos o que vai fazer — ele disse tirando algumas caixinhas transparentes e uma garrafa de suco de laranja.

— O que tem aí? — Perguntei chegando mais perto do balcão.

— Pão na chapa, tem também iogurte natural com frutas — ele separou no lado direito do balcão — suco de laranja e leite — ele terminou.

— Papai! — O garoto estava agarrado a sua perna , lançando um sorriso para ele com poucos dentes.

Por um tempo cogitei que realmente fosse seu filho, que ele fosse algum tipo de ômega louco e quis me dar alguma lição e por isso deixou o garoto na minha porta.

Mas lembrei então de que já havia estado em sua casa algumas vezes e nunca encontrei nenhuma criança por lá, nem brinquedos.

— Eu tenho uma teoria.

Ele olhou-me e sentou-se com o menino para dar de comê-lo.

— Ahn?

— Acho que isto aí é... — Apontei para o garoto se lambuzando com o iogurte — é seu.

— O quê?! — Ele arregalou os olhos, como se eu tivesse ofendido.

— Provavelmente sabe que sou seu chefe, por isso deixaram aqui quando não te encontraram em casa.

— Não diga besteira. Eu nunca estive com ninguém — ele ri nervoso e eu me pego me intrometendo onde no sou chamado.

— Você é virgem?

— Sou, mas isso não está em discussão — ele disse ruborizado.

— Perfeito, estaca zero de novo.

Já começava a arrancar os cabelos, não conseguia mas vê-lo a minha frente.

— O que vou  fazer? — Perguntei na esperança de uma solução.

— Um teste de paternidade — ele respondeu, logo em seguida abocanhando o pão e depois de um tempo um gole do suco.

— Está brincando?

— Não, é o mais lógico não acha?

— Se eu fizer isso, toda a Londres irá saber, estará em todos os jornais.

Era praticamente uma ordem vindo dele, antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele desceu do banco e dirigiu-se ao meu quarto.

Eu não conseguia raciocinar direito, então o seguir para descobrir o que iria fazer.

O vi dando banho, trocá-lo e por fim penteá-lo e receber sorrisos e beijos do menor. Como ele tinha o controle dele, era algo que no conseguia entender.

Meu CEO insuportável Onde histórias criam vida. Descubra agora