POV: Harry
Recostado a cabeceira da cama, ouvi as vozes do corredor invadir em tom diminuto o quarto. Passei a prestar a atenção e até mesmo revirei os olhos por estar sendo contrariado.
Eu simplesmente havia dito que estava bem, enquanto Draco me desacreditava perante o médico, que a pouco minutos atrás tinha me examinado.
Eles conversavam e o alfa super protetor trava de convencê-lo a me convencer a aceitar a internação.
Como uma criança brava por estar sendo forçado a ir a um lugar que não gosta, me angustiava antes mesmo de uma resposta médica sobre o assunto.
— Em todo caso, não creio que será necessário. Ele não quebro o nariz só teve uma pequena luxação, pode fazer uma compressa com gelo por dez minutos, para diminuir a dor e o inchaço, vou prescrever alguns analgésicos e anti-inflamatórios, o Paracetamol e o Ibuprofeno, já são o suficientes, só lembrando para tomar muito cuidado para não mexer no nariz. — Ouço o médico falar.
— Eu discordo... — Draco já começava a falar novamente.
Tinha que interrompê-lo, do contrário, sofreria uma internação completamente desnecessária.
— Draco Lúcio Malfoy! — Gritei em uma chance de chamar sua atenção.
Como se sobre passasse as barreiras do tempo e espaço, Draco se plantou ao meu lado. Revisando-me como se algo tivesse me acontecido.
— Calma. — Pedi depois dele quase me pegar no colo.
Se pudesse adivinhar, Draco estava remoendo alguma coisa, pois nunca mostrou-se tão alterado e preocupado.
— Você está bem? — Perguntei.
— Por que está perguntando isso? O paciente não é você? — Ele questionava-me de volta, mas com certeza se esquivando.
— Dray, vou falar pela última vez. — Respirei fundo, recolhendo o restante de paciência que me restava. — Eu estou bem.
— Mas Hazz...
— Mas nada. — Disse interrompendo. — Mande o médico ir embora, deixe-me dormir, já é madrugada. — Falo em tom de ordem e o maior parece não retrucar.
— Mas se sentir qualquer coisa...
— Sim, eu aviso. — Digo já sabendo o fim da frase.
Não poderia ser simplesmente "sim, porquê sim". Então algo me dizia que precisava fazer com que o CEO se abrisse de uma vez por todas.
Draco havia descido para acompanhar o médico até a porta, e quando ouvi passos já perto da porta, achei que poderíamos por fim chegar a conversar.
Antes mesmo de entrar, o som dos sapatos de couro tocando sua sola no chão, cessou.
— Como pode ter achado que eu o machucaria? — A pergunta surgiu de uma voz masculina fria.
Lúcio, pai de Draco. Ele havia se apresentado mais cedo, quando eu e Scorpius vínhamos entrando acompanhados do taxista cara de rato que ao fim se revelou ser um funcionário.
Sua voz trazia certo ar de injustiça, mas Draco logo o respondeu, me deixando boquiaberto.
— Para quem matou minha mãe, ferir Harry poderia não ser nada.
— Pode me culpar o quanto quiser, Narcisa era fraca, não foi eu que cortou os pulsos dela. — Ele se pronúncia e então tudo se cala.
Não ouvi nada por um tempo além dos sons de passos se dissipando. Então alguns minutos se passam e a maçaneta é girada.
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Meu CEO insuportável
FanficHarry Potter é um secretário dedicado, e quê normalmente guarda uma raiva de seu chefe apenas para si. Já Draco Malfoy é um CEO insuportável aos olhos de Harry, quem é praticamente arrastando para seus problemas. O CEO dessa vez, joga sobre seu secr...