°°••Capítulo 5: Si fosse meu••°°

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POV: Draco

Devia ser de manhã, meu celular vibrava debaixo de mim. Me contorci até conseguir captura e levei o que pareceu uma bofetada na cara.

Abrindo os olhos, o garoto dos meus pesadelos.

— Então é verdade... — Resmunguei recordando as últimas horas do dia anterior.

Retomando os sentidos lentamente, percebi que do outro lado na cama estava meu secretário, adormecido e o garoto tinha sua pulseira nas manos.

— Não, solta — peguei o acessório antes que o fedelho estourasse todas aquelas miçangas na cama — vai quebrar — disse quando ele fechou a cara.

Para um menino, sua expressão era assustadora. Como se não bastasse, de repente  ele começou a puxar o ar, um beicinho se formou e um berreiro atingiu meus ouvidos.

— Não, não. Para vai! — Eu já havia me desesperado.

Mas pior do que o choro extremamente agudo do garoto, foi a bronca e olhar furioso do Sr. Potter ao acordar de cara com o bebê chorando, ele me olhava com se eu tivesse toda a culpa.

— O que pensa que está fazendo? — Ele grita comigo, nunca o vi assim antes, mas me assusta.

— Eu não fiz nada, só tentei evitar de estragar sua pulseira — disse me livrando e entregando o acessório.

Trabalhávamos juntos a alguns meses, me dei conta de que naquele momento, os cabelos mais desarrumados que o normal cor de ébano que cobria parte de uma cicatriz peculiar que se encontrava na parte superior de sua testa e se estendia até sua sombrancelha tendo algumas ramificações que se estendia para próximo de seus olhos  possuindo o formato de um raio do meu secretário e o olhar de fúria com aqueles belos olhos verde como esmeraldas um pouco ocultado por óculos de grau com armação esférica, o deixavam estranhamente precioso aos meus olhos.

— Ei! — Ele chama minha atenção e noto que estava no mundo da lua.

— O quê? — Falo voltando minha atenção para o ômega em minha frente

— Nada — ele bufa e revira os olhos como se eu fosse inútil demais.

Deixou-me de lado e esticou os braços para o garoto viesse com ele.

— Papai! — ele gritou em meio ao choro.

Em seguida se levantou e quando ele o pegou no colo, sua cabeça se deitou no ombro  do secretário.

Eu tinha mesmo escutado aquilo? Ele o havia chamado de papai?

O que significa isto? — Chamei a atenção dele.

— Eu não sei, ele está me chamando assim desde ontem a noite. Talvez eu pareça com algum dos genitores dele — ele disse o acalmando  balançando de um lado para o outro — você tem que parar de fazê-lo chorar — seu olhar foi de um aviso.

— Mas eu não fiz nada  para ele — respondo.

— Exatamente. Você não fez nada! — Ele já aumentava  o tom de voz. — Viu ele chorar e não tentou acalmá-lo. Se for o pai dele, vai ter que aprender Sr. Malfoy.

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