°°••Capítulo 21: Acidentes acontecem••°°

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POV: Draco

Não podia prendê-lo, já haviam sido muitos dias em que Harry apenas vivia dentro do condomínio, mas ao ter de vê-lo indo, mesmo sabendo que voltaria, acabava trazendo uma insegurança angustiante a que eu não estava acostumado.

Deitei-me na cama do meu quarto pela primeira vez em um mês e meio desde nossa convivência imposta, era estranho, mas extremamente confortável.

Eu mal dormia com tanto trabalho e a atenção que a empresa requeria, porém quando o fazia, apesar do sofá ser o melhor, ainda não era minha cama.

Rolei pelos lençóis feito um garoto bagunceiro, e neles havia um perfume estranhamente viciante e inebriante de lírios misturado com chocolate. Levantei-me afim de aproveitar um banho quente e assim o fiz, logo vesti o pijama e comecei a ficar aconchegado sobre o agradável colchão abraçando os travesseiros.

Aponto de fechar os olhos, uma inquietude e ansiedade me faziam revirar de um lado para o outro, e em uma dessas, desastradamente empurrei um porta-retrato, o estilhaçando no piso frio de porcelana.

— Droga! — Exclamei.

Desde esse momento a noite pareceu se tornar uma tortura, e comecei a questionar-me se um dia conseguiria lidar com tudo isso sem Harry.

Mas antes que pudesse responder minha própria pergunta, Scorpius despertou e depois de olhar por todo quarto e ver que o pai não estava, começou um choro agudo de ter pena do tímpano.

— Vamos Scorpius, não precisa chorar. — Disse entregando um bichinho de pelúcia.

— Não! — Gritou em meio ao choro arremessando a doninha longe.

— Vou ler, qual história você quer? — Peguei o livro na escrivaninha e sentei no pé da cama do garoto para ler.

Poucas páginas depois, o choro ainda persistia  e irritado comigo, Scorpius arrancou algumas páginas do livro.

— Vou ligar para o seu papai, não sei como ele te suporta. — Disse perdendo a paciência com a criança.

Procurei meu celular, e depois de colocá-lo no carregador, levou quinze insuportáveis minutos em que tive de esperar que uma mísera carga que o trouxesse de volta a vida.

— Certo, cinco por cento deve dar... — Disse pesquisando o número de Harry nos favoritos.

Na realidade apenas Harry estava adicionado aos favoritos, mas passei a olhar as chamadas perdidas de um número desconhecido e decidi que o melhor era não retornar, pois sabia da grande possibilidade de meu pai ter arranjado meu número novo.

Focado liguei para Harry, e depois da décima terceira tentativa, ele atendeu.

Não sou bem atendido, e para completar, ouço um barulho e a música alta ao fundo da chamada.

Questiono onde ele está, e com os berros no fundo da ligação juntamente com os de Scorpius, estou praticamente surdo.

A ligação não se encerra, mas ouço um barulho estranho, como se o celular tivesse sido atingido. Ligo a localização e tento rastrear, já que ele utilizava o e-mail antigo já conhecido por mim.

Em menos de um minuto tenho a localização, pego Scorpius e o coloco na cadeirinha.

— Segura firme garoto, vamos ver o papai.

— Segura firme garoto, vamos ver o papai

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