Meu CEO insuportável

°°••Capítulo 39: Perfeito••°°

POV: Draco

Era preciso uma boa explicação, e creio de ambos os lados, mas Harry não tinha palavras e Pansy não estava disposta a dar satisfação também.

— Se conhecem? — Meu pai faz a pergunta, deixando o ambiente mais hostil.

Eu, quem tinha passado os últimos dias do lado de Harry, sabia das inúmeras vezes em que ele tentou entrar em contato com a prima. Agora Pansy lhe voltava a dirigir a palavra, mas com certeza não eram as que Harry queria ouvir.

— Sr. Lúcio, se me permite, gostaria de ficar a sós com a minha prima. — Harry pediu, interrompendo a amamentação de Scorpius e o entregando para mim.

A contra gosto, saímos eu, Scorpius, Delphine e meu pai, deixando os primos a sós para conversar.

Nós sentamos na sala, enquanto meu pai subiu as escadas para o segundo andar, me deixando livre para interrogar Delphine.

— O que faz aqui?

— O tio me chamou e encontrei Pansy perto daqui, então... — A alfa respondia de forma neutra, sem deixar aparentar estar escondendo qualquer coisa.

Talvez fosse como eu mesmo disse a Harry, nos tempos atuais, qualquer pessoa pode se conhecer.

Não perguntei nada mais, pois me preocupava com que as coisas entre Harry e a prima piorassem e para não acontecer, seria melhor manter os ouvidos atentos.

Antes mesmo de começar a prestar real atenção, Pansy irromper na sala de estar.

— Isso é culpa sua... — Pansy disse frente a Delphine, logo depois de deferi-la um tapa.

O estalo fez com que Scorpius se assustasse em meu colo, e também trazendo Harry para a sala.

— O que houve? — O ômega chegava pouco depois do ocorrido.

— Estou voltando para os Estados Unidos na próxima semana, apague meu número e faça o favor de não encher minha caixa postal. — Pansy se pronunciou  de forma ríspida para com o primo.

— Não me deixou se quer falar e já está indo embora? — Harry a questionou com algumas lágrimas prestes a tombar de seus olhos. — Ótimo, vá. Não tenho porquê segurá-la. — Terminou de dizer limpando a primeira das lágrimas que escorrera, como se suprimindo o choro.

— Pode guardar estás lágrimas para mais tarde priminho, vai precisar. — A ômega se retirou, dizendo as palavras como si fossem uma promessa a Harry.

Scorpius encarou  a mulher por um longo tempo, e saiu do meu colo, quase correndo para Pansy.

Antes de que ela chegasse a porta, Scorpius chamou sua atenção e ganhou da maior.

Scorpius ficou encarando Pansy por um tempo murmurando coisas incompreensíveis, a princípio achei que o menino tinha a confundido com Harry, já que de costas os dois são bem parecidos além de estarem com roupas semelhantes.

Ela o pegou no colo e todos nós nos surpreendemos. Estranhamente ela pareceu sussurrar algo no ouvido do menor, e depois o deixou no chão.

Olhei para Delphine, tentando entender o que exatamente ocorria, mas a expressão da alfa era de assombro e medo. Como se os movimentos de Pansy fossem a entregar.

Como um cachorrinho, minha prima a seguiu até a saída e então nos minutos que se seguiram, não voltou.

— Dray... — Harry chamou um pouco antes de suas pernas falharem.

O peguei nos braços e subi com o pequeno ômega, amolecido em meu colo.

O deixei na cama e gritei no corredor para que alguém cuidasse de Scorpius no andar de baixo.