18. Oração ao Tempo

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Att dupla? Att dupla! E feliz 70K!!!

Mimo demais vocês, porque vocês me apoiam um montão nas minhas metas. Amo demais! Dedico esse chapie a todos vocês, ma lunes!

Leiam com "Human - Rag'n'Bone Man"

Boa leitura, y'all.


A vida é constituída por pessoas que a Castelobruxo gostava de rotular como Pessoas Camadas. São aquelas pessoas que têm um certo dom de basear sua personalidade em camadas protegidas e feitas lentamente para proteger o seu verdadeiro eu.

A maioria dos alunos daquela escola excêntrica gostava de pessoas que eram firmes e duras, porque pessoas resistentes sobreviviam. Pessoas de casca grossa vivem para contar história.

Portanto, quando em uma noite singela e brilhosa, as estrelas tão brilhantes que cegavam algumas pessoas que se atrevessem a encarar demais seu brilho ofuscante; um bebê com a pele alva e olhos elétricos foi entregue na porta do castelo.

Os cabelos tão loiros que chegava a beirar um prateado irradiante com mechas pretas escuras, as mãozinhas gordinhas e os gritos finos e agudos de seu choro ao sentir os braços quentes de sua mãe o deixando.

Dizem que crianças sentem quando são abandonadas ou sentem a presença de alguma coisa maligna quando estão perto. Seres resplandecia de luz e afeto, tem uma alma tão inocente que conseguia deixar todos encantados.

Não há nada tão doce quanto o carinho de uma criança.

O pequeno bebê foi abandonado no meio da mata virgem, os animais selvagens à espreita com receio de se aproximar e duvidando do caráter de uma mãe que abandonasse seu filho à mercê no frio.

No meio do nada.

A mulher era bonita, bem arrumada, as roupas esbanjam luxo e o jeito de pegar na criança denunciava sua total falta de habilidade com a maternidade.

Mas ela o amava. Muito.

Com lágrimas nos olhos, a mulher desconhecida beijou seus dedos cobertos pela luva e mandou para seu filho que não podia tocar sem ser eletrocutada até a morte.

Nunca mais iria sentir seu cheiro de bebê. Nunca mais iria poder brincá-lo de pegar no colo e beijar seu pescoço com aquele cheiro viciante de criança.

Nunca mais poderia ser mãe de Draco Malfoy.

Ela se afastou com passos cambaleantes, os olhos e coração doendo em deixar seu pequeno fruto de amor ali na mata que sabia que existiam bruxos.

Se sentia um lixo. Uma mãe horrível e sem coração por deixar seu pequeno pacotinho ali. Chorava tanto que sua maquiagem estava toda borrada, o rosto sempre arrumado e bonito aos pedaços com manchas pretas do lápis de olho e rímel.

Antes que voltasse para pegar seu pequeno, uma mulher saiu das sombras daquela mata escura. Os cabelos pretos como a noite, os olhos castanhos profundos, as roupas místicas passavam uma vibe hippie.

Ela tinha uma expressão dura, um fundo de compaixão em sua postura tão fria e imperturbável. A sofreguidão alheia nunca a deixou contente.

— Deixe-o — ordenou com a voz profunda, um sinal de alerta. — Você não vai saber lidar com ele.

A mulher soltou um resmungo entristecido, o choro começou outra vez de forma alta.

— Eu sei que aqui existem pessoas como ele — disse de forma engasgada. — Um de vocês foi até nós. O de olhos castanhos e cicatriz no rosto.

Elementais e o Herdeiro de Godin | DRARRY (HIATUS) Onde histórias criam vida. Descubra agora