32. O Diabo de Cada Dia

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Oi, pessoal! Para quem não me acompanha nas outras redes sociais ou não sabe, eu tive um retiro espiritual e logo em seguida eu tive uma reação a vacina, então fiquei uma semana sem escrever. 

Voltei agora com capítulozinho novo e soft pra vocês! Sem big emotions. 

Leiam com "Enemy - Imagine Dragons"

Boa leitura, y'all. 



A sala de reuniões parecia a mesma desde a última vez que Harry estava ali. O teto encantado para mostrar a noite com estrelas sem fim tinha mudado para um fundo de galáxias que quem olhasse ficava nauseado. A mesa principal alongada e com cadeiras dispostas corretamente de madeira envernizada e brilhosa permanecia intocada.

As cadeiras eram de um tom preto com acolchoado vermelho, tão inerente ao Castelo de Fogo. Curupira se encontrava em uma ponta, mantendo a pose de líder daquele Castelo enquanto Inês de seu lado direito e Isac (Saci) ao lado da diretora da Terra e Camila se encontrava na outra ponta esquerda, tão séria quanto água parada.

Harry estava com seus trajes de treinamento ainda — uma calça de couro flexível e preta, regata branca apertada e adaptável a altas temperaturas, coturnos resistentes a irregularidades do solo e luvas de couro elástica para proteger os dedos do cabo da espada —, a postura tão ereta que duvidou que fosse ele mesmo.

Talvez tivesse uma simples e doce influência de suas encarnações antigas, ou melhor, seus guias de outras vidas. Cleópatra sempre caminhava à sua direita e Alexandre a sua esquerda; em suma Alexandre quase nunca falava ou lhe dava intuições.

Os tenentes caminhavam atrás de si com uma postura rígida, sem saber como reagir aquela aura que saía do corpo de Potter e nem tentaram descobrir.

Pansy era a única que não se afetou.

— Bem-vindos, meninos — cumprimentou Inês docemente, apesar dos olhos frios e opacos. Harry se perguntava como ela tão frígida pode ter Izzy e Nicholas. — Se sentem, por favor.

Draco caminhou em passos lentos e receosos, a postura de uma pessoa claramente nervosa. Se sentou em frente ao seu líder direto — o diretor do Castelo de Fogo, Curupira — e a expressão dele foi suficiente para entender que estava encrencado.

Potter escorregou pela cadeira principal, se sentando bem na outra ponta. De início, todos pararam para observar o ultraje que era se sentar nas pontas das mesas — sinal de liderança —, mas pareceram mais ultrajados ainda quando viram Harry sorrir de lado.

Pansy escondeu a risadinha de satisfação com seu aluno tão bem treinado. Durante a semana que pediu para correr com Draco, Harry também tinha ido na segunda pessoa que mais admirava lá dentro.

Alguns Meses Antes...

Harry estava concentrado tentando fazer a bolha de água que Pansy tinha ordenado, observando a forma de conduzir o elemento se tornava cada vez mais fácil.

Suspirou lentamente, encarando a água com a atenção dividida.

— O que foi que tanto te aflige? — perguntou a garota.

Pansy estava deitada em cima de uma espécie de pedra dentro da cachoeira, o corpo jogado de forma desleixada enquanto tirava a sujeira debaixo das unhas com sua adaga Doce Veneno.

A lâmina era prateada, feita de mercúrio tão brilhante que dava para ver seu reflexo. Um feitiço de proteção embutido tornava o objeto mais letal com a pequena dose de veneno de uma das cobras mais letais da floresta de Néter — o Reino das Águas do Norte — e a safira incrustada em um beijo de delicadeza.

Elementais e o Herdeiro de Godin | DRARRY (HIATUS) Onde histórias criam vida. Descubra agora