31. As Rosas Não Falam

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Oi!

Boa leitura, y'all.

Existem alguns momentos da sua vida que você tem que decidir se cabe ser resiliente ou ir com tudo contra tudo e todos.

Naquele momento, Harry teve que escolher se surtava e assumia a postura do garoto mimado do início da Castelobruxo e xingasse os diretores diretamente ou seria perspicaz.

Ele, logicamente, com toda sua evolução, escolheu o caminho menos previsível.

Ele escolheu ser um líder.

Seguindo os dedos ao redor da bochecha corada e passando pela boca cheinha, desenhada e completamente inchada de tantos beijos trocados, Harry pensava sobre como Draco podia ser tão lindo.

E tão mentiroso.

Inclinou-se levemente em cima do garoto que descansava, passando a mão ao redor da cintura e beijando a testa do loiro que soltou um suspiro. Precisavam conversar, isso era um fato. Draco achou que Harry o machucaria.

Mesmo em completa agonia e raiva, os olhos negros tinham um único foco: Draco. Era a única coisa boa que mantinha ele ainda na Castelobruxo e principalmente, de não ter aniquilado metade da escola. A Castelo era importante para o loiro e ele sabia que o machucaria profundamente caso afetasse um pedaço daquilo.

Era o lar de Draco.

Em contrapartida, o edele queria o pôr contra a parede e questionar tantas e tantas coisas. Como ele pode mentir aquele tempo todo. Qual era a justificativa?

Deitou sua testa na de Draco, fechando os olhos e continuando o carinho na cintura por debaixo das cobertas, sentindo o cheiro gostoso que saía do peitoral nu do tenente.

— Hmm — resmungou Malfoy ao sentir o peso extra. — Harry?

O edele abriu os olhos, se afastando brevemente e encarou os azuis que o fitavam.

— Oi, lindo — sorriu amarelo, desanimado. — Desculpa se te acordei.

— Não, tudo bem — bocejou. — Que horas são?

— Uma da manhã.

Draco fez uma careta.

— Não conseguiu dormir? — Harry negou. — Eu também estou meio sem sono. Quer... hm...

Era demasiado engraçado para Potter ter aquele lado totalmente tímido de Draco. Pela primeira vez, era ele que tinha o poder do conhecimento de alguma coisa ali entre eles.

Em poucas horas desde que saiu do campo de girassóis, o loiro ficava o encarando tanto tempo que Harry entendia que ele queria mais um beijo. Ele não sabia como pedir e sempre tinha vontade de repetir.

Potter perdeu as contas de quantas vezes se beijaram. Não passou de toques intensos, sem mãos muito bobas ou algo a mais. Draco estava muito mais interessado em descobrir tudo o que se pode fazer com a língua dentro da boca de alguém e os jeitos que podia levar o corpo a ficar só com um beijo.

Harry estava quase indo a loucura quando ele chupava sua língua de um jeito tão lento que o beijo saia molhado e gostoso. Draco tinha o tipo de beijo mais devagar, a boca macia, era mais sentido e engraçado porque tinha muita bateção de dente no início.

O tenente ficava com vergonha toda vez, mas Harry explicou que acontecia nas primeiras vezes e que ele pegava o jeito com prática. Bom, só não achou que Draco ia querer praticar toda hora.

Não que ele estivesse reclamando...

— Darling, daqui a pouco a minha boca vai cair de tanto que a gente já se beijou — alfinetou Harry, rindo quando viu as bochechas completamente vermelhas.

Elementais e o Herdeiro de Godin | DRARRY (HIATUS) Onde histórias criam vida. Descubra agora