Elementais e o Herdeiro de Godin | DRARRY (HIATUS)

06. Semente do Nada

Vocês viram que eu ganhei mimos?! A Mands desenhou o Draco de Elementais e adaptou todos os traços e tatuagens. Eis aqui, nosso supremo tenente! Lindo, né?

Para agradecer o imenso carinho da minha eterna Prongs do meu Sirius, minha irmã de alma, meu xuxuzinho, serotonina diária! Dedico esse chapie a Mands. Te amo!

Leiam com She - Harry Styles.

Boa leitura, y'all.

Harry se remexeu na cama, sentindo um peso nos ombros ao saber que faltavam poucos minutos para todos seus amigos acordarem e começarem a aula de Controle da Dominação.

Se esgueirou entre os lençóis bem baixinho e sentiu seus músculos estalarem em protesto ao movimento.

Ele tinha ficado conversando com Vuur a noite toda e isso acarretou em um estado enérgico que nem ele mesmo conseguia distinguir tinha acontecido.

Então, com os pés quentes tocando-se no chão gelado, ele se encaminhou para o pátio principal do Castelo de dominação do fogo, se perdendo um pouco nos corredores gigantes e largos.

O chão com tapete vermelho sangue contrastava um pouco com o preto fosco das paredes, dando um ar de estrutura gótica ao castelo. Algumas particularidades azuis escuras, mas definitivamente ressaltam bastante as cores singulares do elemento fogo.

Harry levantou seus olhos as pinturas indígenas e máscaras de guerras que os antigos elementares usavam e sentiu um certo arrepio encarando tudo aquilo.

Castelobruxo tinha tanta história. Tanta riqueza cultural.

E todos os alunos pareciam compartilhar desses contos com fascinação enquanto o moreno só se entendia meio perdido ali. Um peixinho fora d'água.

Em suas últimas conversas com Olívia, Harry sentiu o peso dos mundos diferentes e distantes começaram a assolar o peito quando percebeu que os dois já não tinham mais algo em compartilhar. Porque Harry era bruxo.

E ser bruxo elementar implicava em sigilo. Em manter tudo em segredo, inclusive da sua melhor amiga.

Ele queria tanto seu skate e seu gorro com suas músicas da Legião Urbana e Beatles tocando forte nos ouvidos, que ele apenas sentou ali no corredor e encarou as pinturas.

Sentia-se com um buraco no peito. Queria tanto se reconhecer em algum lugar... ele não era de lugar algum.

— Lindas gravuras — diz uma voz atrás dele e Harry se assusta, piscando os olhos em direção a menina a sua frente.

Era uma menina alta, cheia de runas divertidas e coloridas, o cabelo violeta bem claro, quase lilás. Os olhos eram azuis e ela usava roupas brancas, totalmente brancas. Os pés descalços e o sorriso aberto completavam tudo.

— É mesmo — comenta depois que percebe que a analisou de forma grosseira. — Você não parece uma elementar de fogo.

Ela revira os olhos e levita — literalmente — até o lado de Harry, demonstrando que dominava o ar.

— Sou Lug, mas todos me chamam de Lu — sorri aberto, deixando uma lufada de ar gelada entrar no recinto. — Vim a pedido de Inês pegar algumas coisas para o nosso castelo.

Harry assentiu, pois como o castelo do fogo era a sede, costumava ser bem comum ver os elementais andando por aí à procura de algo.

— Então, o que te frustra?

— Como assim?

— Você está sentado quatro horas da manhã no meio do corredor de pijamas do Hot Wheels com pantufas do Batman encarando gravuras na parede — disse Lu com o riso preso.