30. Flores para a Lua

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Ooi! PRIMEIRAMENTE: FELIZ 200K!! To tão feliz pela essa meta atingida. Somos todos pedacinhos da Castelobruxo. E FINALMENTE o chapie 30!

VOCÊS TEM QUE LER COM "Rewrite the Stars - James Arthur e Anne Marie" em looping e apertem os cintos porque a próxima parada é... PRIMEIRO BEIJO DRARRY.

Boa leitura, y'all.


Os passos ritmados e frenéticos ressoavam por todo o Castelo de Fogo. O chão preto acomodava os pés descalços e irritados de Potter que praticamente corria em direção ao seu dormitório, retirando a franja incômoda dos seus olhos verdes.

O sol já despontava no horizonte e dava espaço para a imensidão da lua que colidia com o azul mesclado a um alaranjado tão doce com nuvens parecendo feitas de algodão.

O tenente de raios o seguia sem entender nada, já que foi tão do nada que ao menos teve chance de pensar direito sobre o assunto. Os olhos azuis mal se dignaram a fitar outra coisa com Potter naquela calça jogger verde militar deixando suas nádegas tão bonitas.

— Eu não estou entendendo porque você está bravo — disse Draco.

— Não sei, Malfoy, me fala porque eu estou bravo — vociferou enquanto abria a porta do dormitório, já retirando sua camiseta suada e jogando seus sapatos que estavam em mãos em algum lugar do quarto.

Depois arrumaria.

— Harry, eu realmente estou no escuro aqui — confessou sem entender.

— Não sei, você quase me beijou, né? Ou melhor, quase beijou o Potter?

— Ah. Isso — suspirou e se jogou na cama.

— É. Isso.

— Não precisa dessa raiva toda. Eu só não sabia o que dizer na hora — deu de ombros, despreocupado. Mas Harry não relaxou. — Estou falando sério.

— Você vai começar a agir estranho comigo. Depois vai negar que me beijou. Depois...

— Ei, ei — riu pelo nariz. — Acho que você está surtando quanto a isso, Hazz. Foi só um selinho. Não tem porque eu te tratar diferente por causa de um selar de lábios.

Harry o encarou profundamente, sem conter transpassar toda sua decepção ao ouvir aquilo.

— Não significou nada para você? — perguntou baixinho.

— Harry...

— Esquece — sorriu fraco. — Eu vou tomar banho.

— Harry, me deixa falar, droga! — vociferou irritado.

O edele cruzou os braços, esperando ele dizer o que queria.

— Não é que não significou nada. Foi bom. Muito bom mesmo — enfatizou com doçura e o outro apenas o encarou firmemente. — E você é um ótimo amigo. Significou um momento levado pelo tesão, porque convenhamos... Você é muita coisa para assimilar de uma vez só.

As bochechas de Harry coraram diante do elogio, porém o coração tinha doído ao ouvir que tudo foi movido pelo desejo de Draco com seu corpo. Não podia negar que uma parte do seu ego estava levemente acariciado, mas seu coração doía.

Respirou fundo, tentando processar o que ouviu.

— Não é o que você queria ouvir, é? — constatou Draco ao observar a expressão decepcionada.

— Não, não era. — Encolheu os ombros, desviando o olhar meio envergonhado. — Vou só...

O edele caminhou até o banheiro, pronto para se acabar em um poço de autodepreciação e definitivamente xingar o destino por nunca ter se apaixonado por ninguém, e quando se apaixona tinha que ser justo alguém que nunca o olharia dessa forma.

Elementais e o Herdeiro de Godin | DRARRY (HIATUS) Onde histórias criam vida. Descubra agora