21. Poesia para Netuno

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Olá! Obrigado pelos 100K! Vocês deixam meu dia mais doce.

Aproveitem e leiam com "Sozinho" do Caetano Veloso.

Boa leitura, y'all.


A respiração era tão alta que parecia ressoar nos ouvidos, tornando a situação bem mais vívida e muita adrenalina correndo em plena veias. O rosto escuro com os olhos verdes bem claros analisava o perímetro, as bochechas tomadas pelo tom rubro.

Harry soltou o ar, piscando os olhos repetidas vezes para tornar a imagem que via, o coração batendo tão densamente que por um momento duvidou que batia tão rápido e tão pesado.

Tum. Tum. Tum. Tum. E acelerou.

As mãos se fecharam ao redor do corpo, os olhos se tornando aos poucos tão dourados que iluminava um pouco o seu esconderijo dentro daquela caverna coberta pelo maior breu. Seus dedos escorregadios, impregnados pelo suor e sujeira de terra, empurraram seus poucos cachos para trás.

Novamente, ele soltou outra lufada.

A ansiedade crepitava e tomava conta de seu âmago, pequenas faíscas seguiam um ritmo lento entre seus dedos tão soberbos. A graça que recebeu tornou-se tão resplandecente que quase denunciou seu abrigo.

Um tilintar de metal fez-se ao seu ouvido direito, eriçando os pelos de seu braço e acionando sua audição e reflexos de guerra tão rápido que duvidou que fosse verdadeiro.

O tempo voltou a seguir seu curso normal e ele viu os azuis elétricos escondidos a poucos metros dele atrás de alguns arbustos.

— Merda, Malfoy — praguejou ao sentir a ardência na orelha, o pouco sangue escorrendo. — Flecha de mercúrio é sacanagem.

Draco lançou outra flecha, dessa vez errando e passando ao lado esquerdo de Harry.

— Se for ficar escondido por tanto tempo, você dá espaço para o seu inimigo estudar o terreno que você está e achar uma forma de te pegar bem mais rápida e eficiente — orientou o tenente, a voz dura. — Nunca fique muito tempo no mesmo lugar a não ser que tenha um plano em mente ou uma vantagem.

Harry mordeu os lábios, ponderando se era sensato sair.

— Entendido — gritou de volta. — Se eu sair agora, você vai me flechar.

— Irei.

— Então eu não vou sair!

— Fique dentro e minha próxima flecha será em cima da pedra da sua caverna com choques elétricos. Ela vai cair e te trancar aí dentro sem poder sair — disse simplista.

Harry revirou os olhos, decidindo por fim sair no exato momento que Draco lançou a flecha em direção a pedra, derrubando na entrada do seu esconderijo.

Uma das pedras voou em direção ao seu braço e ele gemeu de dor, enfiando os dedos dentro da terra e fazendo cipós enormes criarem vida e chicotear Draco.

O loiro tirou sua adaga, cortando o material e lançando um raio na direção de Potter que riu, rolando para o lado. O moreno se concentrou em sua respiração e na energia mágica de Draco, puxando um raio tão forte que o fez voar a alguns metros de distância.

— Muito bom! — elogiou o loiro, orgulhoso. — Mas não é o suficiente.

Um trovão se fez no céu e logo em seguida uma lança de raios desceu na mão de Draco, os olhos azuis agora brancos de pura faísca de poder.

— Vamos lá, Super-Choque Francês — provocou Harry, puxando um raio similar ao de Draco em formato de espada.

Ele realmente se dava muito bem com espadas, principalmente pelo porte e a leveza ser suficiente para sua estatura e seu peso. Andou alguns passos para perto de Draco, notando em como ele o analisava.

Elementais e o Herdeiro de Godin | DRARRY (HIATUS) Onde histórias criam vida. Descubra agora