08. O Bar do Tronco

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Leiam com "Corra - Djonga"

Ganhei mimos da Mands, vocês viram?! Ela é a ilustradora oficial do Morgverso e a Binny a capista. Me sinto tão adorável!

Dedicado a Mands pelo trabalho incrível! Te amo, Prongs. Você é sempre será a minha marota favorita.

Boa leitura, y'all.


A história de um povo.

Como poderíamos ter tanta referência de uma história que não é nossa e nunca foi nossa? Que nunca seria nossa, pois a nossa eles levaram. Destruíram.

Harry encarava os túmulos com o coração pesado e dolorido, pensando em quantos mais dos seus poderiam estar mortos.

Dos seus... o pensamento já não era tão estranho. Na verdade, Potter o achou... certo.

— Olha o que fizeram com o nosso povo — sussurra Harry ainda chocado.

Eles andavam ao redor das casas destruídas, o cheiro de morte impregnado e dilacerando as entranhas dos dois. Os sapatos infantis, os artefatos mágicos jogados no chão e principalmente os túmulos com datas tão nauseantes.

Pessoas de 2, 5, 15, 60 anos. Mortas.

— Por isso nós estudamos sobre modos de sobrevivência sem magia — explica Draco. — Esse é o sangue da nossa gente.

— Dói... em um lugar estranho — divaga Harry. — É como sugar todo sopro de vida e esperança dentro de você.

Draco sorriu sem humor, molhando os lábios ao reconhecer o sentimento em que todos elementais dividiam.

— É a dor do apagamento histórico — diz amargo.

O menor suspirou, a dor aplacando o peito e por fim, decidiu que já não era um lugar mais tão desejado no momento.

— Podemos ir? — perguntou baixinho a Draco que assentiu, silencioso.

Os dedos de Harry estavam ainda frios e guardavam as lágrimas do que presenciara. Draco andava segurando a mão dele, totalmente concentrado no caminho de volta ao Bar do Tronco.

Empurrou os cabelos para trás e decidiu tirar algumas coisas a limpo com o loiro que estava inerte a confusão mental que se encontrava na cabeça de Harry.

— Draco — chamou baixinho, parando no meio do caminho.

A lua abraçava a noite com delicadeza, o vento frio bagunçava os cabelos dos meninos para os lados de forma tumultuosa. Os dedos conectados praticamente trocavam energia elétrica entre si e, secretamente, era muito gostoso sentir a descarga que percorria as falanges dos dedos.

Harry lembra-se dos olhos de Malfoy parecerem duas esferas de pura energia.

— Oi.

— Hm... eu, na verdade...

Draco levantou as sobrancelhas em questionamento, soltando os dedos de Harry e cruzando os braços.

— Você... — incentiva o loiro.

— Eu não... consigo entender a história — murmura baixinho.

— Como?

— Os livros... as aulas... eu durmo — explica de forma atrapalhada. — E acredito que isso não vai mudar porque me levou ali.

Draco o encarou desacreditado, o espanto cruzando seus olhos.

— Você tem tanto descas...

— Não! Por Deu... Godin. — Se corrige de forma exasperada, retornando a sua mania de empurrar os dedos indicadores para cima e para baixo em ansiedade. — Eu não consigo entender.

Elementais e o Herdeiro de Godin | DRARRY (HIATUS) Onde histórias criam vida. Descubra agora