29. Blackout

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Ooi!

Leiam com "Defenceless - Louis Tomlinson" e na parte que o HARRY CANTAR, SE VOCÊS QUISEREM ENTENDERO RITMO, OUÇAM A MÚSICA "O REI DAS MATAS - SANDRO LUIZ" 

Boa leitura, y'all. 


Os olhos verdes tão claros pela manhã piscaram duas vezes para acostumar com as lentes de contato. O material incômodo na córnea o deixava levemente irritado, fazendo quase arrancar o olho ao não conseguir ajustar uma posição boa.

Por fim, Potter rodou as orbes mais duas vezes antes de encaixar perfeitamente. Jogou água em seu rosto e escovou os dentes com os dedos, pegando a blusa que Zabini tinha emprestado.

Seus cabelos estavam naquela bagunça que ele odiava, mas já havia aceitado que não tinha muito o que fazer contra aquilo. De longe, observou o corpo esbelto pela manhã levantando e se espreguiçando.

Sorriu carinhoso em direção a Blásio que cruzou os dedos e rodou, depois batendo em saudação:

— Laroyê Exu — saudou o seu guardião com respeito, retirando a sua guia de proteção diária da pinga que deixava acima de sua cabeça e pondo no pescoço. — Bom dia, Hazz.

Harry quase caiu ao ter aquela voz rouca em sua direção, tossindo levemente para espantar o rubor das bochechas com a calça de moletom cinza caindo.

— Achei que usasse só guia de Exu — observou Potter ao ver mais uma de contas verdes.

— É meu orixá de cabeça — explicou Blásio. — Oxossi, o Rei das Matas.

— Hmm... Faz sentido você ser elementar de terra.

— Faz demais. Principalmente quando você descobre a reputação dos filhos de Oxossi — soprou brincalhão, indo em direção a pia ao lado de Potter e escovando os dentes.

— Qual é? Todos lindos?

— Isso também. Mas principalmente os que encantam e fogem depois para as matas — piscou um dos olhos.

— Ah, uma vibe bem Blásio Zabini mesmo — riu. — Como dormiu?

— Muito bem, lindeza. Agradeço sua preocupação.

— O que o Capitão Potter pode lhe ajudar?

— Agora? Indo para seu dormitório e se arrumando para sua aula de dança daqui a pouco — sorriu malicioso, encarando Harry de cima a baixo. — Parece que teremos um grande dia te ensinando a pisar certo.

O edele revirou os olhos, beijando a bochecha do amigo e saudando uma última vez antes de ir embora corredor a fora. De primeira, agradeceu por estar de manhã e ninguém lhe ver saindo do quarto de Blásio Zabini — até porque sabia da reputação dele — e depois o medo de se perder ali o abateu.

Andou em círculos até finalmente esbarrar com a entrada para a trilha de volta ao Castelo de Fogo, se sentindo cansado e com as costas doloridas por dividir uma cama de solteiro.

A blusa larga de Blásio tinha um cheiro de pinhos que o deixava com o nariz levemente irritado, e ele amaldiçoou por não ter ido com roupas mais leves.

Assim que chegou a seu dormitório, respirou fundo duas vezes antes de entrar de supetão.

Primeiro, espantou-se ao ver que eram cinco e meia e Draco ainda estava dormindo. Depois, espantou-se mais ainda ao ver que ele estava agarrado com seu travesseiro.

Sorriu de lado ao ver a face serena, se aproximando da cama poucos centímetros antes de parar, se sentindo meio receoso de continuar. Estavam brigados? O clima ainda era estranho?

Elementais e o Herdeiro de Godin | DRARRY (HIATUS) Onde histórias criam vida. Descubra agora