"Sangue frio"- Substantivos masculino. Autocontrole para se comportar com tranquilidade em situações difíceis. Calculista. Domínio de si.
Atena considera-se diferente da maioria das pessoas. Afinal, a garota de olhos quase amarelos não considera san...
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"All my life I've been good, but nowAh, I'm thinking "what the hell" All I want is to mess around." What The Hell (Avril Lavigne)
Eu estou sentindo o olhar, da maioria dos convidados, preso em mim desde que cheguei há alguns minutos. Minha mãe parece ocupada demais conversando com algum cliente engravatado porque evita olhar em minha direção a todo custo. Sei que ela já sabe que eu estou aqui, isso porque a Artêmis e a Afrodite, que estão paradas ao seu lado, já me viram. Artêmis apenas demostrou aquele seu olhar de tédio de sempre, mas Afrodite sorriu e acenou em minha direção de modo escondido, fingindo estar interessada na conversa do homem engravatado ridículo que deve ser muito rico para a minha mãe estar dando a atenção mais do que necessária a ele.
Minha mãe está arrumada para cacete em um vestido médio preto de mangas médias, seu cabelo castanho está solto em perfeitas ondas que devem ter demorados séculos para fazer. Ninguém diria que ela está com cinquenta anos, uns quarenta no máximo. Os olhos escuros, iguais aos da Artêmis, estão com uma maquiagem leve e o batom vermelho emoldurando seus lábios.
Preciso de um cigarro.
— Ela ainda não veio falar com você? — Dominic aparece ao meu lado e estende uma taça de champanhe para mim. O Galani mais velho está impecável em um terno preto comum com gravata borboleta, o cabelo loiro bem penteado e o relógio prateado brilha em seu pulso. Clássico.
— Não. — Rosno agoniada e bebo metade da taça de champanhe. — Onde está sua irmã? — Olho ao redor procurando a garota esguia e loira.
— Com meus pais. — Dominic aponta com a taça para o outro lado do salão de eventos. — Ainda não acredito que você convenceu todos eles a virem aqui. — Dominic aponta com a cabeça para nossos amigos conversando calmamente em um canto isolado da festa.
— Bom, cada um deles veio com seus motivos. — Dou de ombros e quando volto a olhar para minha mãe vejo que o homem engravatado resolveu se afastar. — Merda, ela está vindo.
Até o próprio Dominic arruma a postura ao ver minha mãe e minhas irmãs se aproximando. Ele nunca teve uma relação muito boa com ela, minha mãe não queria que eu namorasse com o filho de um jogador de hóquei que planejava seguir a mesma carreira que o pai, queria alguém com título ou com empresas importante para herdar. Faço sinal com a cabeça para que Dominic saia, permitindo a sua fuga tranquila dos comentários que estão por vir, ele respira aliviado e cai fora. Se ele ainda fosse meu namorado, ou coisa do tipo, sei que ele ficaria, mas nem que estivéssemos na nossa melhor relação de amizade eu iria deixar ele ali, nas presas na naja.
Nas presas de Amanda.
A ideia dos nomes da mitologia grega foi do idiota do meu pai, mas colocar o nome de deuses e semideuses com a letra A foi da minha mãe. E, tenho que dizer, foi uma ideia mais ridícula ainda.
