"Faça uma boa viagem"

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E VAMOS AO PRIMEIROO

BEM DO JEITINHO CLARKE GRIFFIN DE SER

BOA LEITURAAAAA !!!!

Ps: nunca deixe um gatinho com fome rsrsrsrsrs

——-x——

A vida não podia estar melhor. Clarke tomou quase num gole só a primeira xícara de café do dia e pegou uma blusa no closet. Escolheu algo com tecido fino, sem mangas, pois o verão de 2059 parecia sufocar, com seus punhos fortes e suarentos, a cidade de Nova York e toda a Costa Leste.

Mas tudo bem, porque ela gostava mais de calor que de frio. Nada conseguiria estragar seu dia. Absolutamente nada.

Vestiu a camiseta e, depois de se certificar de que estava sozinha com uma espiadela na direção da porta, seguiu rebolando suavemente até o AutoChef, onde pretendia pegar mais uma dose de café. Uma olhada no relógio de pulso informou-a de que havia tempo de sobra para um desjejum, e ela se rendeu a isso, programando duas panquecas com geleia de amora.

Voltou ao closet para pegar as botas. Clarke era uma mulher de estatura média, esbelta. Vestia calça cáqui e uma camiseta regata azul. Seus cabelos estavam mais curtos,em um corte repicado, com pontas mais louras, ressaltadas pelo sol de verão, cruel e brilhante. O conjunto combinava com seu rosto anguloso, seus olhos azuis imensos e a boca delicada. Havia uma covinha em seu queixo — um traço especial que sua esposa, Lexa , gostava de explorar carinhosamente, com a ponta do dedo. Apesar do calor que teria de enfrentar assim que colocasse os pés para fora do quarto imenso e refrigerado, ou quando saísse da casa gigantesca e refrigerada, Clarke escolheu uma jaqueta leve. Colocou-a sobre o coldre que repousava nas costas do sofá, na saleta de estar da suíte.

Seu distintivo já estava no bolso.

A tenente Clarke Griffin pegou o café e as panquecas no AutoChef e se atirou no sofá, pronta para curtir um café da manhã turbinado antes de enfrentar a luta diária na Divisão de Homicídios.

Com seu desenvolvido sexto sentido felino para comida, o gato gordo Galahad surgiu do nada e se aboletou sobre o sofá olhando fixamente para o prato de Clarke com seus olhos bicolores.

—    Isso é meu. — Ela deu uma garfada nas panquecas e encarou o gato com firmeza. — Lexa tem coração mole, meu chapa, mas eu sou durona. Além do mais, você já deve estar de barriga cheia — acrescentou, colocando os pés sobre a mesa e continuando a curtir o desjejum. — Aposto que você estava agora mesmo na cozinha, se esfregando entre as pernas de Summerset.

Ela se inclinou para frente até seu nariz quase tocar no focinho do animal.

—    Aproveite, porque a moleza de ganhar comida fácil vai acabar durante três maravilhosas e gloriosas semanas. Sabe por quê? Quer saber por quê?

Transbordando de alegria, ela cedeu e ofereceu ao gato uma pontinha da panqueca.

—    Porque o magricelo filho da mãe de bunda apertada vai sair de férias! Vai para longe, muito longe. — Clarke quase cantou ao dizer as palavras, cavalgando a felicidade de saber que o mordomo sargentão de Lexa , seu maior castigo naquela casa, não estaria lá naquela noite, nem nas muitas outras noites que se seguiriam.

—    Estarei livre de Summerset por vinte e um dias gloriosos, e estou quase explodindo de alegria.

—    Não sei se o gato vai compartilhar essa felicidade com você — avisou Lexa do portal, onde estava encostada havia alguns minutos, observando a esposa.

—    Claro que vai. — Ela pegou mais uma garfada de panqueca antes de Galahad farejar a beira do prato. — Está só fingindo desinteresse. Pensei que você estivesse participando daquela mega teleconferência interestelar.

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