Cap 2: Acerto de contas

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𝑹𝑶𝑺𝑬𝑻𝑻𝑨

Nada na minha vida faz muito sentindo, então essa história talvez não faça também.

Mais eu vou facilitar a sua vida caro leitor.

Byron é um reino situado apenas para criaturas mágicas e místicas, então é muito raro encontrar humanos aqui, mesmo sendo um reino grande.

Humanos eram escravizados a alguns anos, até o rei antigo abolir a prática, então apenas os mais atrevidos tentam viver aqui. Mas esse não é o foco.

Temos meios de organizações bastante evoluídos, nos céus se podem ver asas de diversas formas, nas águas criaturas de várias cores, já a noite algumas criaturas que rastejam na escuridão se revelam.

E hoje é um dia de repleta escuridão.

Minha mãe acaba de morrer, exatamente um ano após o assassinato do meu pai. Como se todo esse dilaceramento não bastasse.

Eu e meu irmão Arthur vestíamos preto no seu enterro, grande parte do reino também estava a prestar homenagem para a condessa.

No enterro do nosso pai tivemos que controlar uma multidão para termos um momento privado, esse é um dos indícios de ser da realeza.

O casal era querido pelo reino, minha mãe era a mulher mais bondosa que eu podia conhecer, o amor que ela tinha pelo meu pai era aquele que só podia ser encontrado em sonhos.

Ela havia ficado tão abatida perante o luto que entrou em estado vegetativo a alguns meses, então ela simplesmente foi dormir e não acordou mais. Peço aos deuses que ela esteja sonhando com o amor que tinha pelo meu pai.

Eles já devem estar trocando os braços e beijos na testa que trocavam durante o café da manhã a essa altura.

Arthur apertava meu braço para me reconfortar, ambos já estávamos cansados de chorar, então quando o caixão foi enterrado nós entramos na casa enorme e solitária que havia virado nosso lar.

Meu irmão seguiu para o escritório do nosso pai que havia se tornado o dele a meses, Arthur era o primogênito e macho, então hierarquicamente seria o conde de Byron, eu continuaria com meu título de Lady e nada mais...

Meu quarto agora estava tão cinzento que parecia que todas as cores que o enchiam também estavam de luto.

O silêncio era sufocante, me deixava a sós com os meus pensamentos desenfreados. Eu precisava me manter em constante ação, até talvez numa conversa, para não me deixar afundar como minha mãe, mas meu irmão precisava de um momento.

: Sobre o que está pensando pequeno lírio?

O ar saiu de meus pulmões quando uma voz poderosa possuiu o quarto. Era tão grave e felina que fez meus ossos tremerem. Meu corpo despertou como mil raios no meu sangue.

Rosetta: Quem está aí ?

Comecei a me virar pelo quarto por indício de alguém escondido nas sombras.

: Um velho amigo

Ele estava sentado no meu sofá, segurando um copo que deveria ser de whisky pelo cheiro.

𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤 Onde histórias criam vida. Descubra agora