Rosetta: Escutou isto?
Hakon franziu as sombrancelha esticando o pescoço para escutar melhor, talvez ele não tenha escutado, mas a audição feerica nunca engana.
:Decidiram fazer uma festa particular aqui fora?
Duas figuras altas e cobertas de preto entraram, fediam a álcool, ferrugem e pólvora. Não se pareciam com os convidados reunidos, mas também me lembravam...
Rosetta: Sim, esta é uma festa particular, por favor cavalheiros.
Eu dei um passo antes de um deles se por no meu caminho, Hakon olhava pros homens com ameaças nos olhos.
:Ouvi falar que feéricas são ótimas fodendo.
Eles tiraram facas das capas que reluziram a luz do luar. Eu averiguei o lugar pelo canto dos olhos, escuro, isolado, sozinhos. Atentado, anotado.
Rosetta: Vamos testar a teoria, eu vou fuder a sua vida.
Ele avançou com a faca na mão e o outro partiu pra cima de Hakon.
Não tive tempo de prestar atenção no meu recém companheiro quando desviava do corte certeiro da faca, eu me abaixei tirando a minha adaga da bainha na minha coxa e girei cortando a perna dele.
Sangue negro espirrou no meu rosto, quando olhei para o lado Hakon havia chutado a faca da mão do homem e dado uma cotovelada no nariz dele que espirrava sangue.
No meu momento de distração o outro agressor arrancou minha adaga e agarrou meus cabelos por trás me fazendo gritar. Meus pés estavam escorregadios no cascalho.
:Você é valiosa demais para eu te matar agora, mas vamos ter tempo.
Nunca mais.
Eu dei uma cotovelada no seu estômago onde Mathias havia me ensinando, quando seu aperto vacilou eu segurei suas mãos no meu cabelo girando para ficar de frente a ele.
Segurei sua casaca com uma das mãos e dei uma cabeçada em seu rosto que o mandou cambaleando para trás.
Pegando minha adaga jogada no chão corri para ele dando um chute em seu tronco, ele caiu no chão. Eu fiquei por cima com a adaga no seu pescoço.
Quando pensei que Hanko precisava de ajuda, ele havia rasgado a garganta do oponente com as garras que haviam surgido em sua mão.
Rosetta: Quem são vocês?
:Devíamos ter levado sua cadela junto com seu dono, ou seria seu pai?
Meu coração errou as batidas e o mundo se tornou escuro, frio. Com a distração ele pegou uma pedra perto e bateu na minha cabeça me jogando pro lado, rolei pela terra fria, o agressor subiu em cima de mim pegando outra faca.
Minha cabeça latejava com a dor, mas quando percebi que aquela faca iria pro meu peito, eu fui mais rápida e avancei com a minha adaga no chão em seu pescoço.
Sangue caiu sobre meu cabelo, minha roupa e rosto, seu movimento perdendo o equilíbrio, caiu sobre mim morto, eu bolei o corpo pesado pro outro lado, Hakon corria até mim se sentando no chão.
Hakon: Você está bem?
Rosetta: Estou
Hakon: Sabe quem eram eles?
Rosetta: Serviam a mesma pessoa que matou meu pai.
Sons de metal e pés surgiram, guardas entraram nos jardins, Mathias e Johnathan pareceram ofegantes me olhando e depois pros corpos.
Arthur: ROSETTA!
Meu irmão caiu de joelho na minha frente segurando meu rosto com os olhos arregalados.
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𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤
Fantasy❝ Tudo tem um preço na terra da magia. Até então uma pequena rosa achava que seres mágicos vivam em paz entre si, chegamos a conclusão que ela não viu muito além da sua mansão. Durante a noite várias flores se fecham para despertar com o sol, porém...