Hakon levantou a cabeça pra cima afim de parar o sangramento enquanto estávamos sentados num banco do jardim. Eu segurava uma toalha no seu nariz.
Rosetta: Eu sinto muito, eu acabei de voltar do treino, meus sentidos estavam em alerta, a deuses me desculpe!
Ele deu uma risada, o que me fez levantar as sombrancelhas perplexa.
Rosetta: Não está bravo?
Hakon: Não se deve abordar uma moça por trás quando ela acaba de treinar, não é?
Ele deu um outro riso abaixando a cabeça, eu abaixei o pano limpando os vestígios que sobraram de sangue.
Rosetta: O que veio fazer aqui?
Hakon: Vim ver você.
Os olhos de gato de Hakon me encontraram e por um minuto achei que eram pepitas de ouro com o brilho do entardecer batendo neles. Ele veio me ver depois doque eu o havia feito passar.
Rosetta: Bem, aqui estou eu...
Eu tremi um pouco os cílios tirando a toalha do rosto dele, ele continuava belo, selvagem, mesmo depois de um soco no rosto.
Hakon: Precisava saber se estava bem.
Rosetta: Todos que me cercão são mortais apenas com um olhar, estou bem.
Hakon: Fico aliviado, eu também não sabia se a veria outra vez.
Rosetta: Queria me ver outra vez?
Hakon: É claro! Você foi a companhia mais maravilhosa que me apareceu naquela festa, removendo o incidente deste jardim.
Senti minha pele esquentar, não sabia se era o calor do por do sol ou dos meus sentidos ainda despertos.
Rosetta: Quanto tempo passará aqui?
Hakon: Ah! Algumas semanas, preciso resolver algumas coisas pelo meu reino com alguns cavalheiros daqui.
Rosetta: O que fará pelo seu reino?
Hakon: Estou tentando um comércio de especiarias.
Por isso ele tinha tantos cheiros e aromas diferentes misturados ao corpo.
Eu mordi o meu lábio inferior olhando pro tecido branco com manchas vermelhas, estava ficando tarde.
Hakon: Eu sinto muito se a atrapalhei.
Ele se levantou e eu fiz questão de fazer o mesmo com rapidez.
Rosetta: Não, por favor, como poderei vê-lo?
Ele piscou duas vezes me olhando e depois tomando ar. Acho que ele estava tão nervoso quanto eu.
Hakon: Eu tenho uma loja temporária na cidade, Helenice te dará a localização, só tome cuidado por onde anda, uma feerica bonita é como um farol aqui.
Ele passou um das minhas mechas castanhas pela minha orelha pontuda antes de acenar com a cabeça e ir embora.
ARTHUR
Estava dando tchau a Helenice pela porta, quando me virei para Isabelle que se encontrava deitada no meu sofá folheando um livro.
Isabelle: O que ela tanto quer com você?
Ela não tirou a atenção do meu livro sobre criaturas invernais, Isabelle mudava de humor facilmente, o que eu já estava acostumado com Rosetta, mas ela transparecia mais suas emoções, ou então não as tinhas.
Simplesmente as vezes ficava apática, como agora. Rosto neutro e uma postura relaxada, seus cabelos ruivos caiam em cascatas pelo braço do sofá, as vezes me via desejando toca-los, então balançava a cabeça pros pensamentos se dissiparem.
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𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤
Fantasy❝ Tudo tem um preço na terra da magia. Até então uma pequena rosa achava que seres mágicos vivam em paz entre si, chegamos a conclusão que ela não viu muito além da sua mansão. Durante a noite várias flores se fecham para despertar com o sol, porém...