Cap 34: Pesadelos podem ser reais

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Eu acordei na floresta de Byron, era dia e um coelho passou por mim pulando, dois pares de pés apareceram na minha vista. Os meus pais, eles não estavam sólidos mas suas áureas brilhavam.

Mamãe: Precisa acordar Rose.

Eu estava sonhando, mas eles estavam aqui comigo pela primeira vez de verdade, não em pesadelos orquestrados. Estavam se comunicando...

Rose: Eu não quero, me levem com vocês.

Meu pai me deu o seu sorriso caloroso que me iluminou. A saudade que eu estava disso.

Papai: Ainda não é sua hora, você é esperta e forte, eu te criei para isso.

Rose: Vocês sabiam? Esse tempo todo?

Minha mãe abaixou o olhar tristemente, suas ondas negras cobriram sua feição de arrependimento, meu pai passou a mão pelo ombro dela.

Papai: Não podíamos contar, mas mi Rosa você pode fazer o mundo a mercê dos seus pés, não desista de ganhar.

Rose: Sem enigmas ou histórias pai, o que me espera quando eu acordar?

Mamãe: Dor, mas ela irá passar e então saberemos que fez o certo.

Isso não me ajudou, só fez os meus batimentos acelerarem ainda mais, um grito animalesco soou pela floresta.

Rose: Eu não entendo.

Papai: Não temos mais tempo, cuide de Arthur.

Mamãe: Nos te amamos muito, mas precisa acordar!

Minha mãe quase gritou a última frase quando eu finalmente abri os olhos e não estava mais lá.

Um dedo passou pela minha bochecha arrastando um cabelo do meu rosto e dei uma cabeçada noque estava na minha frente, Hakon caiu para trás.

Hakon: Tão violenta quanto da primeira vez que me socou.

Rose: Garanto que essa não vai ser a última vez.

Eu tentei me levantar e puxar meus braços, porém eles estavam acorrentados. Hakon se afastou o suficiente pra não conseguir toca-lo.

Rose: Onde estou?

Hakon: Byron.

Rose: Porque... está trabalhando pra ele.

Ele levantou as sobrancelhas com um dedo no queixo, estava debochando? Uma dor lasciva se abria no meu peito.

Hakon: Se está a falar do rei, eu sou o sobrinho dele, não de sangue é claro.

Eu arregalei os olhos, esse tempo todo, uma montanha de mentiras, nada que eu estive vivendo nos últimos meses era algo verdadeiro? Minha cabeça latejou, eu me concentrei a usar meu poder nas correntes.

Hakon: Não faça isso, só vai feri-lá, elas também contém magia, estão absorvendo.

Eu mandei um olhar selvagem pra ele, eu queria estrangula-lo.

Rosetta: Por que se importa? Não acha que já me feriu?

Hakon: Rose...

Rosetta: NÃO ME CHAME ASSIM!

Hakon: Eu... eu achei que seria fácil no começo, fui treinado para isso, queriam que eu te matasse.

Rosetta: ENTÃO PORQUE NÃO FEZ!?

Hakon: Porque eu-

Uma risada feminina, os pelos do meu corpo eriçaram, eu fechei meus olhos com força para o que eu tivesse escutado fosse mentira, porque eu reconhecia essa risada.

𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤 Onde histórias criam vida. Descubra agora