Cap 25: Scanfta.

1.2K 143 32
                                    

Eu acordei cedo, mas mesmo assim haviam dito que as bagagens já tinham sido levadas para Scanfta. Louise disse que não encontraríamos a Rainha de cara porque era muito ocupada e convidados de outros reinos também iriam.

Estaria lá ao lado de Rynon para impor uma imagem e entendia de política perfeitamente para saber que a sua imagem era tudo. Então montei meu arsenal.

Encontrei Rynon, Dietric e Louise no terraço todos em seus lugares

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Encontrei Rynon, Dietric e Louise no terraço todos em seus lugares. Não iria dirigir a palavra ele a menos que fosse necessário, vou fazer o meu trabalho melhor que puder pra voltar e encontrar Hakon. Eu precisava de respostas. Colocaríamos tudo em cima da mesa, eu estaria bem, se não escutasse o que queria.

Dietric: Está linda, Rose.

Rosetta: Você também, Tric.

Essa pode ser a primeira vez em que eu o vejo em uma roupa social, uma camisa azul tão escura que se passaria por preto como os seus cabelos, sapatos e calças também pretos, poderia ser um lorde assim.

Louise usava uma blusa curta de mangas compridas e uma calça em fendas nas laterais, ambos vermelhos cor de sangue, mesma do meu batom, Louise sempre teve um estilo diferente dos outros, ela me deu um sorriso em comprimento.

Louise: Agora podemos ir?

Rynon: Vamos.

Quando escutei sua voz, foi quando me permitir olhá-lo de verdade, cabelos penteados para trás perfeitamente, o sol deixava seus traços mais afiados e contornados, nada fora de lugar como havia imaginado.

Ele fechou o botão do seu colete preto por cima da camisa de gola alta antes de me estender a mão, eu observei por alguns segundos, fleches do nosso primeiro encontro me passou a cabeça, pisquei forte para voltar ao lugar onde estava.

Olhei em seguida pro seus olhos, podia ver a pergunta o e pedido que fazia, eu concordei com a cabeça e toquei sua mão, suas asas explodiram pra fora.

Rosetta: Como eles irão?

Rynon: Não se preocupe.

Sua mão se espalhou na minha cintura pelo tecido do vestido e quis fechar os olhos com o seu toque. Por favor Rosetta, não se esqueça que ele te trancou no seu próprio quarto.

Dietric passou o braço pela cintura de Louise e eles aparataram, apenas vestígios das sombras no chão foram se diluindo.

Rynon: Esquece que sombrios podem aparatar.

Rosetta: Você também pode fazer isso.

Rynon: Mas então qual seria a graça de ter asas?

Ele me firmou contra si antes de suas asas baterem fortemente. Depois de meia hora de voo, eu estava cansada o suficiente pra resistir a minha vontade de apoiar a cabeça no seu peito.

Rynon: Acho que esse foi o maior recorde que você atingiu calada, não está mais a falar comigo é isso?

Não respondi, ele achava que eu falava demais? Que sorte a dele, Rynon poderia ficar sem a minha voz pelo resto de sua vida.

Rynon: Não queria que estivéssemos voltado à isto.

Rosetta: Talvez seja melhor assim.

Rynon: Talvez seja.

Acho que a sua mão tinha se firmado mais, quando meus olhos começaram a se fechar e Rynon me trouxe mais pra si. O reino apareceu.

Scanfta não era nada como eu havia imaginado, ela era pura magia, enormes árvores se projetavam por todos os lugares, eram gigantescas, ligadas por pontes e mais pontes, haviam casas no chão, mas não se comparavam as que se projetavam nos galhos.

Haviam pessoas colhendo frutos, lendo, conversando, até costurando nos galhos enormes, era como se tivéssemos todos encolhidos, em casas de passarinho.

Fitas com milhares de luzes caiam entre as folhas, laranjas, amarelas e vermelhas da cor do outono, também havia folhas outonais penduradas por linhas que giravam quando o vento batia.

Um bruxo passou voando em uma vassoura ao nosso lado, girou para ficar de cabeça pra baixo e nos deu um aceno com a mão para continuar o seu caminho.

Eu soltei uma risada com a recepção, os bruxos pareciam ser divertidos, Cangel era um bom exemplo de bom humor, só espero que realeza também seja assim.

Rynon apertou suas mãos quando me escutou rir e sobrevoou a área dando uma visão melhor, havia um grupo de pessoas em um campo aberto, não deixava espaço pra duvidar que era lá que deveríamos pousar.

Dietric e Louise não estavam, apenas 5 pessoas da corte da rainha.

Rynon: Acho que essa é a nossa recepção, eles já devem estar no castelo.

Rynon sussurou no meu ouvido antes de tocarmos o chão com os pés. Eu me separei dele e um homem alto, talvez 3 anos mais velho que eu em aparência se aproximou, seu cabelo preto era rente a cabeça e sua pele era rica em melanina, mas o que me atraiu foi os seus olhos vermelhos.

:Sejam bem vindos! Eu sou o Wahid, príncipe herdeiro de Scanfta

Rosetta: Inigualável...

Percebi que a palavra não havia sido dita na minha mente e sim da boca pra fora, mas ele abriu um sorriso com os dentes brancos e alinhados a mostra.

Wahid: Sabe o idioma antigo? Deve ser muito inteligente.

Meu pescoço queimou com a atenção da corte, todos muito bem vestidos e com características únicas, eu não queria me pagar de sabichona por saber o significado do seu nome.

Rosetta: Obrigado, majestade.

Wahid: Por favor, sem tanta formalidade, estamos aqui para festejar, é bom vê-lo depois de tanto tempo, Rynon.

Rynon: Não posso dizer o mesmo, fiquei aprisionado em casa por meses.

Ele colocou as mãos no bolso assumindo uma pose casual enquanto o príncipe sorria.

Wahid: Pelo menos nossa festa foi memorável.

Amigos de adolescência, se conheciam quando Rynon também era um príncipe e como percebi, baderneiros da elite também.

Wahid: Talvez essa seja uma das coisas mais belas que você adquiriu, amigo.

Rynon enrijeceu nas minhas costas, adquiriu? Seria mais fácil dizer que roubou, mas o meu trabalho aqui requereria que eu estivesse ao lado dele por vontade própria e feliz com isso.

Rosetta: Ele não é a coisa mais bela que já adquiri, mais pode ser uma delas.

Wahid bateu palmas entre gargalhadas.

Wahid: Fantástico, fantástico! Qual é seu nome minha dama?

Rosetta: Rosetta.

Ele se endireitou colocando um braço a frente do tronco dando uma reverência dramática, quando subiu seu rosto, seus olhos brilhavam como rubis.

Wahid: Bem vinda ao meu reino, Rosetta.

𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤 Onde histórias criam vida. Descubra agora