ARTHUR
Isabelle: Como ela está?
Belle estava deitava envolta dos lençóis segurando uma xícara de chá, ela que havia me acordado e pedido que eu fosse até a minha irmã. Eu passei os dedos entre os meus cabelos.
Arthur: Rynon está a ajudando.
Belle: Está?
Eu concordei com a cabeça e fui até minha escrivaninha levantando os meus papéis contra a luz da janela.
Arthur: Eu não entendo.
Belle colocou uma das minhas camisas e levou o chá até mim dando um beijo no meu ombro nu, não posso negar a satisfação em vê-la em minhas roupas.
Belle: Você não pode entender tudo, amor. Estamos nessa a bastante tempo também.
Arthur: Eu não posso perdê-la como perdi a minha mãe, Belle.
Porque essa era a verdade que estava presa em minha garganta, eu não iria suportar ver a Rosetta definhar e morrer aos poucos como nossa mãe. Eu me sentei jogando os papéis na mesa, ela me ofereceu o chá e depois sentou no meu colo pegando uma anotação.
Belle: Sua mãe morreu mesmo de tristeza?
Não podia ser cientificamente provado isso, mas a morte do meu pai a acabou, eu não podia imaginar nem pensar em como eu ficaria se perdesse Isabelle pra sempre. Tomei um gole de chá pra recontar a história.
Arthur: As vezes ela dizia que tinha visto o nosso pai nos sonhos dela, mas eu também sonhava com ele, assim como Rosetta revivia a morte dele, acho que cada um lidou com um trauma diferente.
Belle: Rose conta o que acontece nos pesadelos?
Arthur: Na verdade não, eu nunca pergunto nada, não gosto de pressiona-lá, ainda mais no estado que ela ficou.
Belle: Isso é muito confuso, você tem certeza que sua mãe morreu mesmo dormindo?
Arthur: É claro que eu tenho, nós a encontramos na cama.
Belle: Só é muito estranho.
Arthur: É a palavra que descreve esses últimos 2 anos.
ROSETTA
Rosetta: Eu sei que você sabe, só não está querendo me contar.
Dietric: Acha mesmo que eu vou confiar uma informação dessas na sua mão? Eu tenho amor a minha vida.
Rosetta: Seria mais esperta que você e saberia mais coisas, prometo te contar tudo que descobrir.
Dietric: As passagens secretas são apenas pra urgências ou para Rynon.
Eu cruzei os braços e me sentei no chão, aula de hoje era sobre colocar, não roubar coisas sem perceberem.
Eu coloquei uma banana nas espadas de Jonathan, ele não poderia saber que fui eu, certo? Queria poder ver a sua cara maculando suas preciosas lâminas.
Rosetta: Porque ele sempre tem tudo?
Dietric: Porque ele é o maldito rei, Rosetta.
Rosetta: Ah, havia me esquecido.
Dietric: Você sempre esquece quando está falando com ele.
Eu revirei os olhos, de fato era verdade, ele não era meu rei de qualquer forma, eu me deitei olhando pro teto, era tão alto que ia se formando sombras, talvez houvesse morcegos ali.
Eu me levantei rápido o suficiente para Dietric levantar uma sobrancelha e minha visão rodopiar um pouco.
Rosetta: Não me esperem até o jantar.
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𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤
Fantasy❝ Tudo tem um preço na terra da magia. Até então uma pequena rosa achava que seres mágicos vivam em paz entre si, chegamos a conclusão que ela não viu muito além da sua mansão. Durante a noite várias flores se fecham para despertar com o sol, porém...