Eu estava na biblioteca, no mesmo lugar que havia visto meu pai morrer.
Mas ele estava na minha frente, com a boca ensangüentada, sua camisa branca já era vermelha.
Ele me olhou por alguns segundos, cabelos molhados, pele pálida, como estava vivo?
Pai: Se você tivesse sido mais rápida poderia ter me ajudado.
Sangue descia e descia, ele se aproximava, suas palavras como tapas. Meus joelhos tremeram, minha garganta se fechou, por favor não.
Papai: Você sempre foi um peso morto, inútil!
Não sabia que estava chorando até sentir minhas bochechas molhadas, comecei a me afastar, mas não fui longe, bati contra a estante de livros.
Papai: Sua mãe poderia estar viva também, porque você nunca prestou em algo? Você é o meu arrependimento.
Ele gritava e gritava, eu estava soluçando e me abaixando até ficar sentada enquanto as lágrimas pingavam nas minhas coxas. Não quero estar aqui
Rosetta: Por favor... eu tentei...
Papai: Você sempre irá perder, pro resto de sua vida.
Mãos seguravam meus ombros contra o colchão e levei minha mão até o travesseiro tirando minha adaga.
Ela estava no pescoço do sujeito agora, foi quando minha visão se estabeleceu e notei os cabelos loiros de Rynon.
Rynon: Foi um pesadelo.
Um pesadelo, havia sido um pesadelo.
Percebi que a minha camisola, que eu havia achado em cima da cama, estava molhada de suor e as ondas do meu cabelo também.
Eu ainda ofegava com a adaga no pescoço dele. Meu sangue disparando e meu corpo alarmado não se acalmou, talvez por tê-lo encima de mim segurando meus ombros firme.
Rosetta: Porque está na minha cama?
Rynon: Eu vim discutir um assunto com você, então escutei gritos, achei que estivesse acordada, já é meio dia.
Deuses, eu deveria ter desmaiado na cama. Mas ele não fez indício de se afastar e nem eu de afastar a adaga.
Rosetta: Não estou gritando e ainda está na minha cama, que assunto veio tratar?
Ele deu um de seus sorrisos de canto com relances de uma covinha.
Rynon: Eu pretendia conversar no almoço, sentados, sem objetos afiados, mas este método é bem interessante.
Canalha sórdido, eu toquei com a ponta da minha adaga a pele dele, depois me rolei pro outro lado da cama me sentando.
Ele ficou em pé e deu a volta na cama até parar na minha frente. A alça da minha camisola caiu sobre meu ombro.
Rynon: É bom saber que está alerta, mas venha comer, não tocou em nada ontem, ainda precisamos conversar.
Óbvio que eu estava em alerta em um reino desconhecido. Ele havia reparado que não tinha comido? Minha barriga fez um barulho em resposta.
Rynon: Vou estar na sala de jantar.
Com isso ele fechou a porta e eu coloquei a adaga sobre uma mesinha ao lado da cama. O barulho da maçaneta me fez levar a mão em direção a ela novamente.
Uma mulher baixa de pele verde com vitiligo e cabelos crespos em um verde um pouco mais escuro entrou, estava vestindo um vestido marrom terroso.
: Bem, bom dia, eu sou a Vepynl, estou aqui para te ajudar noque precisar.
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𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤
Fantasy❝ Tudo tem um preço na terra da magia. Até então uma pequena rosa achava que seres mágicos vivam em paz entre si, chegamos a conclusão que ela não viu muito além da sua mansão. Durante a noite várias flores se fecham para despertar com o sol, porém...