Cap 39: Amor e mortes

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(Peguem a pipoca que a maratona chegou)

Rynon aparatou junto com Dietric, Isabelle e o seu irmão decidiram chegar em casa pela água, nós chegamos bem no meio da sala, minha roupa ainda estava molhada, rasgada e grudenta.

Mas quando vi o meu irmão deixei qualquer desconforto de lado, ele correu e me abraçou tão forte que meus joelhos cederam no chão, Arthur continuava chorando, eu não sei porque ele estava chorando ou pedindo desculpas nada era culpa dele, mas o seu cheiro me lembrava de casa.

Rose: Você ficou bem quando eu estive fora?

Ele soltou uma risada triste.

Arthur: Eu deveria ser o irmão mais velho protetor.

Uma tristeza aguda me atingiu, porque ele não era o meu irmão mais velho, não de sangue.

Rose: Você sabia?

Arthur: Sobre a profecia? Não.

Ele tirava os cabelos molhados do meu rosto, o restante do pessoal apenas se sentava nas almofadas e descansava no chão. Eu me virei para Rynon encostado no pilar.

Rose: A algo mais, que talvez vocês não saibam.

Louise atravessou a porta me olhando com os olhos arregalados, ela levou a mão ao peito fazendo uma referência.

Lou: Ela não é uma feérica.

Arthur me lançou um olhar confuso, Mathias que estava esparramado no chão por cansaço entre os travesseiros levantou a cabeça com as sobrancelhas franzidas.

Rose: Eu sou filha do rei e da rainha de Byron.

Escutei Scarlett fazer um som de supresa e Rynon levantar sua postura do pilar.

Rynon: Doque está falando?

Rose: Que sou filha dos seus inimigos, que a rainha é uma deusa disfarçada de feérica e o seu poder reside em mim.

Mathias: Eu acho que ela bateu muuuito forte com a cabeça.

Arthur juntou as mãos no meu rosto me virando pra ele.

Arthur: Não é verdade Rose, você é a minha irmã.

Me dilacerei, eu era filha do homem que matou os pais de Rynon e os de Arthur também, meu corpo tremeu.

Rose: É a verdade.

Cobri meu rosto com as mãos, a vergonha me imundava, era tudo por minha culpa, tudo. Se eu não tivesse nascido.... O ar engasgou nos meus pulmões, se eu não tivesse nascido, muita gente ainda estaria viva, meu irmão teria uma vida melhor, essa corte não precisaria se preocupar comigo.

Arthur: Eu ainda vou te amar de qualquer forma.

Ele tirou minhas mãos com delicadeza, seus olhos mostravam verdade, eu não o merecia, não mereceria nada que estavam a fazer por mim.

Rynon: Nos deixem.

A corte não discutiu, não contrariaram, apenas foram embora, Arthur me deu um último olhar antes de ir também, quando a porta se fechou e eles se foram, meu pulso começou a acelerar.

Rose: Rynon eu-

Quando comecei a me levantar ele chegou mais perto.

Rynon: Eu não ligo.

Rose: O que?

Rynon: Eu não ligo pra quem você é filha, eu não ligo para a profecia, eu não ligo para o que você é, eu ligo pra quem você é.

Ele limpou uma lágrima que estava descendo na minha bochecha e me deu um beijo na testa antes de se afastar pra falar.

Rynon: Me desculpe por não ter contado e me desculpe por te aborrecer, porque eu Rosetta, prefiro que seus olhos brilhem de fúria doque a ver sentir nada, um vazio.

Seu toque era tão gentil que pude sentir sua ternura enquanto colocava o meu cabelo atrás do ombro e chegava mais perto ao ponto de sentir o calor do seu corpo, memórias de como seu cabelo era macio veio a átona, ele se inclinou para um sussurro que fez o meu corpo arrepiar.

Rynon: Porque eu te amo pequeno lírio.

Amor... eu havia visto diversas formas de amor, os meus pais, o de Arthur e Isabelle, até o perturbado de Helenice e a Louise. Mas nenhum deles descreviam o poder doque Rynon e eu tínhamos, porque aquilo imundou meu ser, me reconstruiu, ele colocou minha felicidade na frente das suas necessidades e mesmo assim nunca esperou que eu o retribui-se.

Eu coloquei minhas mãos na sua nuca o puxando pelo cabelo pro encontro entre nossas bocas, o vi arregalar os olhos por alguns segundos antes de retribuir, não foi como da outra vez, era um beijo de saudade, um beijo puro e de sentimentos.

A medida que nossas línguas se encontraram eu estremeci, ele me puxou para mais perto pela cintura, o seu gosto era como um sopro em toda dor e angustia, deixei que ele varresse toda minha tristeza com a sua boca e suas mãos.

Rynon: Seus olhos... eles brilham.

Ele espalhou beijos pela minha mandíbula sussurrando o quanto eram bonitos, por mais que eu ainda sentisse frio do rio ele foi evaporando conforme seus toques. Eu desci minhas mãos pro seu peito e vi seu corpo estremecer também, Rynon olhou para as minhas mãos por alguns segundos antes de se afastar.

Rynon: Eu vou matá-lo.

O rei do caos terminou sua promessa enquanto segurava as minhas mãos e observava os machucados no meu pulso.

Rynon: Agora você precisa de cuidados, vou pedir que Vepynl cure seus ferimentos.

Um leve desaponto surgiu, ele queria que eu ficasse bem antes de me tocar. Mas eu concordei com a cabeça.

Rosetta: Não...não fique longe.

Ele espalmou sua mão na minha bochecha acariciando.

Rynon: Nunca mais.

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