Hakon bateu na porta antes de entrar como se parecesse cortez, ele estava vestido de verde e branco, as cores da bandeira de Byron. Eu fechei os punhos até minhas unhas se perfurarem na pele, sua beleza tão admirável parecia um castigo eu ainda me impressionar com ela.
Hakon: Vamos?
Eu não tinha muito a onde ir, meus braços ainda estavam presos e minhas pernas também, embaixo do vestido.
Eu apenas andei ao seu lado com o barulho das correntes, ele colocou aquele saco estúpido na minha cabeça e me guiou pelo caminho. Quando ele apertou o meu braço com as mãos quentes notei que estávamos subindo escadas e algumas vozes subiram ao meu ouvido, senti ele ficar mais rígido e mecânico enquanto íamos subindo.
Ele me parou no meio do caminho tirando o saco, minha visão tentou se ajustar a luz que invadiu meu foco, a medida que eu ia piscando percebia que o lugar era familiar.
A sala de trono do rei, eu já havia vindo com os meus pais em festas do palácio, meu pai dizia que muitos deuses já haviam pisado naquele solo, no momento eu só via vermes.
O rei abriu um enorme sorriso do seu trono, sua pele morena se enrugou, ele tinha uma beleza real, as laterais do seu cabelo já estavam brancas pela idade, mas ainda parecia jovem, para um feérico mostrar indícios que a sua beleza imaculada estava envelhecendo era porque já havia muitos anos de existência.
Ele, foi ele que havia matado os pais de Rynon, foi ele que baniu um reino ao esquecimento, foi ele que mandava prender e matar criaturas por terem sangue de demônio, era ele, tudo ele.
O rei começou a se aproximar, eu dei um passo para trás com as correntes soando pelo piso, mas Hakon segurou meu braço no lugar.
Rei: Não se assuste querida, está a salvo agora.
Eu quase quis rir, se eu não estivesse com essas algemas encantadas eu poderia ver até que velocidade meu poder poderia matar.
Rei: Estava a sua procura a meses, sinto muito pelos seus pais.
Rose: Foi você que fez isso com eles não foi?
Ele levantou uma sobrancelha olhando para Hakon, o meu ex namorado apenas concordou com a cabeça pro seu governante como se dissesse que eu já sabia de tudo.
Rei; Bem, isso encurta as coisas, seus pais eram bons demais e sabiam demais, mortos não falam.
Eu queria correr e esmagar seu coração com as minhas próprias mãos, desejos sombrios rondavam meu coração freneticamente.
Rei: Já está acontecendo veja!
Rose: O que?
Rei: Você nasceu com um propósito, destruição, não é isso que deseja agora?
Ele falava a verdade, eu não queria ser o que ele esperava. O assassino dos meus pais, eles sabiam demais, deviam querer expor a verdade, eles nunca foram como essa corte, então foram calados. Me mantive de pé e com o queixo erguido.
Rei: Você é destemida, mas só os inteligentes sobrevivem, como se sente com os poderes criança?
Meu corpo gelou, ele sabia doque eu podia fazer... mesmo que eu não soubesse o que podia realmente.
Rei: De onde acha que eles vem? Seus pais só tinham poderes feéricos comuns, junte as peças.
Meu punho estava tão fortemente fechado que senti uma gota de sangue estralar no piso pelo ouvido aguçado.
Rei: Você deveria parabenizar o seu pai pelo o que é agora, filha.
Não. Talvez eu tivesse gritado essa palavra, meus ouvidos ficaram surdos, meus músculos amoleceram, Hakon segurou minhas costas pra que eu não caísse, o seu toque só piorava tudo.
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𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤
Fantasy❝ Tudo tem um preço na terra da magia. Até então uma pequena rosa achava que seres mágicos vivam em paz entre si, chegamos a conclusão que ela não viu muito além da sua mansão. Durante a noite várias flores se fecham para despertar com o sol, porém...