Estava bebendo um chá no sofá do meu quarto quando senti um gosto estranho que não era normal do chá.
Eu abaixei a xícara e vi algo borbulhando nela, algo branco comecou a virar e me dei conta que era um olho, a merda de um olho estava na minha xícara e a pupila estava mesmo para cima!
Quando olhei para frente, meu pai estava sentado, sem cor, sem alma, sem um olho.
Papai: Você achou mesmo que iria se livrar de mim querida?
Eu comecei a tremer, seu olho estava fundo e sangue escorria pela sua barriga. Onde aquela maldita espada havia perfurado.
Papai: Você é tão ingênua, acha que vão protegê-la? Ninguém vai te proteger, você vai falhar, desista.
Rosetta: Eu-eu não posso
Estava me afundando no acento, e as paredes estavam chegando mais perto. A xícara se estilhaçou.
Papai: Pode, porque você sempre vai perder, você não vai conseguir.
Rosetta: Cale a boca!
Balançando descontrolada minha cabeça eu fiz de tudo para negar isso a mim mesma.
Papai: Eu vou estar esperando você fracassar todas as noites!
Ele gritou antes de se levantar e me atacar.
Eu acordei mais uma vez suada e ofegante, olhando para janela, o céu ainda estava escuro, liguei uma lamparina ao lado da cama tentando me acalmar.
Foi um pesadelo.
Não conseguiria dormir denovo, então fui para câmara de banho.
Vesti calças pretas e uma blusa branca sem mangas, amarrei as minhas botas até a canela e trancei o meu cabelo.
O sol estava a nascer quando eu comecei a correr pelas redondezas das florestas do castelo.
A mesma rota que fazia com Mathias, depois de duas voltas ele estava no ponto em que nos encontrávamos.
Mathias: Como...
Rosetta: Não consegui dormir.
Eu falei com a voz ofegante colocando as mãos no joelho.
Mathias: Já que se aqueceu, vamos pro ringue.
Eu bati as mãos pra tirar a sujeira e segui com ele até a área de treinamento.
Mathias: O que faz quando acha que alguém está prestes a te atacar?
Rosetta: Eu averiguo o ambiente.
Mathias: E quando ele te ataca?
Rosetta: Eu me defendo.
Ele tentou um chute no meu rosto mas eu já estava bloqueando com o cotovelo, ele tentou de novo dando um soco, eu desviei para a direita, depois para esquerda. Uma rasteira dele e eu havia pulado.
Eu levantei os punhos e os fios soltos da trança balançaram com o vento.
Mathias: Muito bom.
Levantando as sobrancelhas cruzei os braços.
Rosetta: Tudo bem, eu sei o que está pensando "Rosetta você é tão foda".
Ele atacou de novo, com mais força e mais rápido, eu me abaixei me esquivando e dando um soco no estômago que o fez cambalear.
Rosetta: Deuses...
Ele levou a mão pra barriga recuperando o fôlego.
Mathias: Precisa controlar sua força feerica, vamos aprender em que pontos atacar.
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𝖠 𝖡𝖠𝖱𝖦𝖠𝖭𝖧𝖠 𝖣𝖤𝖫𝖤
Fantasy❝ Tudo tem um preço na terra da magia. Até então uma pequena rosa achava que seres mágicos vivam em paz entre si, chegamos a conclusão que ela não viu muito além da sua mansão. Durante a noite várias flores se fecham para despertar com o sol, porém...