☆ Capítulo 9 ☆ | Versão Arthur

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Versão Arthur Bradley.

14 anos antes...

Não sei qual é o pior de tipo de sentimento que alguém pode ter em sua vida, ser traído, perder alguém que ama, ser desprezado ou saber que você viveu por muito tempo uma grande mentira.
Isso é uma dúvida que vem vagando na minha mente há muitos anos, pois eu consegui atrair cada um desses sentimentos nos últimos 30 anos.

Minha esposa Mabel estava lutando contra uma doença rara já fazia dois anos, infelizmente, por mais que eu pagasse todos os tratamentos possíveis ela não conseguia ter uma melhora que pudesse dar mais uma chance de vida para ela.
No entanto, pelo menos eu consegui aliviar o seu sofrimento e o da nossa menininha Daisy que esperávamos com muita ansiedade sete anos para tê-la em nossos braços.
Daisy era a que mais sofria em ver a sua mãe naquele estado, por mais que nos tentássemos disfarçar em sua presença.

Mabel apesar de tudo era uma mulher forte, talvez seja por causa disso que eu tenha me apaixonado por ela ao longo dos anos, mas eu não me orgulhava nem um pouco da maneira em que ficamos juntos, tive que deixar covardemente outra pessoa para ficar com ela.
Eu sei que isso não foi certo, com certeza eu causei muito sofrimento, mas quando eu percebi isso já era tarde demais eu já tinha feito o estrago e não dava mais para ser consertado.
Torcia muito para que minha ex-namorada pudesse encontrar felicidade e consolo em outra pessoa.

- Senhor Bradley..- Uma enfermeira entrou no meu escritório.

- Sim, aconteceu alguma coisa?

- Preciso que o Senhor vem até o quarto da senhora Mabel, ela deseja urgentemente falar com você . - Ela me olhou com muita seriedade.

Se passou tudo ruim na mente naquele instante, claro que na situação em que estávamos eu estava me preparando para o pior.
Eu resolvi transformar minha casa em um hospital para que Mabel pudesse fazer o tratamento aqui, sem ter aquele clima horrível de um verdadeiro.

- Mabel, meu amor? - Falei entrando no quarto indo em sua direção.

- Arthur... - Ela falou uma pouco fraca tentando levantar metade do seu corpo.

- O que foi? Não faça isso, não pode fazer esforços. - Encostei seu corpo na cama.

Ela tentou da um sorriso para mim.

- Preciso te contar algo. - Ela fez um esforço para falar. - Eu sinto que eu estou partindo..

- Não não.. não fala isso.. você vai viver muito ainda. Vai ser recuperar, vai ver nossa filha crescer.... - Peguei a sua mão para a consolar.

- Não.. isso não vai acontecer, meu tempo esta se esgotando. - Ela tentou procurar fôlego. - Deus nesse tempo todo foi misericordioso comigo, o que deram apenas 3 mês de vida para mim, ele me deu mais 2 anos para aproveitar muito mais com você e nossa filha. E nesse tempo eu tive a oportunidade de conhecê-lo verdadeiramente, e só nele eu tive a chance de me limpar de toda maldade que eu fiz na vida e ser uma pessoa melhor. Mas eu errei em nunca ter falado nada para você.

- Mas amor.. do que você falando? - Perguntei confuso.

- Eu nunca tive coragem de contar... E sei que você vai me odiar por toda vida.. e com toda razão, é um direito seu. Mas eu nunca fui digna do seu amor Arthur. Eu trapaceei para que pudesse ter você só pra mim.

- Como assim? Trapaça? . - Busquei tentar entendê-la.

- Sabe... eu forjei aquela foto em que parecia que a Amy estava com outro cara.

- O quê?. - Paralisei.

- Eu queria que você ficasse comigo de um jeito ou de outro, por isso eu te seduzia e sabia que você também me correspondia pelo menos fisicamente. Mas eu sabia que você também amava a Amy e jamais teria coragem em deixá-la, por isso planejei com aquele cara para seduzir ela para que eu tirasse aquela foto e de uma forma manipular e parecer que ela estava traindo você. Mas ela era tão fiel a você que nem tentando beijá-la a força ele não consigo terminar o serviço.

Um Passado Ainda PresenteOnde histórias criam vida. Descubra agora