Mais feliz

Inesperado.

POV REGINA

Meus dias estavam passando rápido demais, e eu não estava gostando disso, motivo? Dentro de alguns dias Emma estaria embarcando para Londres.

Tirei meu óculos de grau, e me permiti recostar da cadeira, passei a mão em meus olhos, estava cansada, passava das seis da tarde, e tudo que eu mais queria era chegar em casa, tomar um longo banho, e de preferência que Emma estivesse comigo, mas infelizmente ela me ligou dizendo que precisava ficar de plantão.

Meu coração se apertou tanto quando imaginei a distância que estaria entre nós, nem me dei conta quando algumas lágrimas rolaram por meu rosto. Chorei pela saudade que já sentia de Emma, mesmo que ela estivesse ainda aqui, a alguns quilômetros de distância de mim.

Me assustei um pouco quando uma voz preencheu o ambiente:

-Amor? O que houve? Por que está chorando?- sequei as lágrimas e olhei Emma se aproximando, ela se ajoelhou em minha frente, e segurou meu rosto entre as mãos.- Alguém fez algo com você?- eu neguei.

-Está tudo bem. Você não ia ficar até mais tarde na delegacia? Não ia fazer plantão?- minha voz saiu rouca e grave por conta do choro que ainda tentava conter.

-Eu pedi para o David cobrir todos os meus turnos até que eu vá embora, ele entendeu. Eu quero passar todos esses dias com você e Henry, Regina. Tirei férias que estavam acumuladas.- finalmente olhei dentro dos seus olhos, e vi preocupação neles.- Por que está chorando?

-Como vou aguentar ficar longe de você, Emma?- falei por fim, e me levantei, em seguida afastei dela, abraçando meu corpo como forma de me proteger.

-Meu amor, eu já te disse, eu posso muito bem....

-Não! Eu não quero que desista Emma!

-Então diz o que quer de mim...- ela pediu baixo, mais próxima de mim.

-Eu quero você, Emma! Quero você aqui! Não quero você do outro lado do mundo.- senti meu corpo ser abraçado, e em seguida eu mesma me virei, me encaixando melhor nos braços da mulher que eu amava com todo meu coração.

-Também não quero isso, Regina. Eu... eu posso fazer por correspondência, posso tentar de outro jeito.- me afastei secando meus olhos.

-Não amor, me desculpe, eu estou naqueles dias, então vem tudo isso átona. Nós vamos lidar com isso, vamos dar um jeito, nós vamos conseguir.- ela me olhou ainda preocupada, e quando abriu os lábios para me dizer algo, eu a beijei.

Emma segurou meus cabelos com a mão esquerda, enquanto com a direita segurava minhas costas firmemente. Levei seu corpo até o sofá, eu precisava desesperadamente de ter um contato maior com ela, mas minha namorada me parou.

-Você está naqueles dias, amor.- falou baixo encostando nossas testas, respirei com dificuldade e afirmei.

-Estou... mas eu preciso tanto de você, Emma.- a loira sorriu, tenho certeza, também precisava de mim.

-Vamos pra casa.- foi tudo que ela disse, mantendo um olhar desejoso no rosto.

(...)

Assim que Emma estacionou em minha casa, nós descemos apressadas do carro, quando abri a porta, um corpo se chocou em minhas pernas. Henry. Eu havia me esquecido que ele estava em casa, parei para pensar, não era pra ele estar aqui, Zelena disse que ia passear com ele. Busquei minha irmã com o olhar, e a encontrei sentada no sofá, enquanto um desenho passava na tv.

-Amor! Que gostoso receber esse abraço.- falei pegando meu menino nos braços.

-Mamãe, eu senti sua falta, falei para a madrinha Zel, eu não quero passear, quero ficar aqui, podemos ver tv, e você chama a Emma...- ele falou, e no instante seguinte minha namorada atravessou pela porta, fez menção de dizer algo mas se calou.