POV REGINA
Acordei do meu cochilo algum tempo depois, Henry dormia com o rosto enterrado em meus seios, acariciei seus cabelos, e deixei um beijo terno ali, foi então que com cuidado me levantei, aparentemente Emma não dormiu como nós dois.
Olhei as horas no meu celular passava um pouco das 20h, era melhor começar a arrumar o jantar, quando entrei na cozinha encontrei Cora sentada em um dos banquinhos, com uma xícara de café nas mãos, ela levantou o olhar e me direcionou um sorriso fraco.
-Parenta?!- bocejei, e me sentei em sua frente.
-Oi filha.- franzi o cenho, provavelmente as coisas estavam tensas, Cora quase nunca vinha em minha casa, e Cora também não era adepta a me chamar de ''Filha''.
-Vejo que algo aconteceu... onde está Emma?- perguntei mais preocupada do que gostaria de parecer.
-Hum.- Cora pigarreou, e então olhou em meus olhos.- Você já sabe que Daniel está na cidade?- olhei confusa, como ela sabia sobre isso?! E como se lesse minha mente, minha mãe respondeu:
-Ele bateu em minha casa, foi atrás de você.
-Atrás de mim? O que ele queria? Quando foi isso?
-Acalme-se.- Cora pediu enquanto se aproximou de mim, e delicadamente beijou meus cabelos.- Ele queria saber onde você morava, filha. Foi até lá quando estava viajando ainda.
-E Emma? Cadê ela?- minha mãe me olhou culpada, exatamente como Henry fazia.- Não me diga que...
-Ela foi atrás dele.- respirei fundo e levantei da cadeira.
-Ela é doida? O que Emma tem na cabeça? Pelo amor de Deus.- andei de um lado para o outro, e então a porta da cozinha foi aberta, analisei a figura loira que entrava, Emma tinha um corte extremamente grande no supercílio, e seu olho estava começando a roxear, ela carregava um caixa de bombons em uma das mãos, enquanto na outra carrega um buquê de rosas.
-EMMA!- disse irritada, porém minha mãe segurou meu braço.
-Espere para falar com ela, vou pegar o Henry e levá lo comigo.- esperamos mamãe se afastar, e então quando ela e Henry saíram caminhei apressada até Emma.
-Que merda você tem na cabeça, Emma Swan?! Porque está toda arrebentada assim?- ela me analisou, tentou sorrir, mas aparentemente tudo nela doía, então estendeu a rosa e os chocolates, eu neguei.
-Trouxe pra você...
-Rosas e chocolates não vão fazer com que eu me acalme, Swan! Que merda você fez?- perguntei andando de um lado para o outro.
-Dei uma bela surra naquele babaca. Uma surra que sempre tive vontade de dar. É isso.
-Pelo amor de Deus, Emma! Você é xerife de Storybrooke, não pode sair batendo nas pessoas dessa forma. Quantos anos você tem afinal?!- Emma me olhou indignada, e então jogou as rosas e o chocolate no chão.
-Eu estava te defendendo, porra! Aquele canalha voltou, está te procurando, e pelo pouco que me falou, ele sabe sobre Henry! Eu ouvi coisas dele. Bati sim e não me arrependo. Isso não quer dizer nada.
-Como não quer dizer nada, Emma?! Quer se igualar a ele, é isso? Ser uma imbecil como ele?!
-Eu bato naquela porcaria de homem, e você reage dessa forma, Regina?! Não esperava agradecimentos nem nada, mas não esperava encontrar minha noiva tão brava e aparentemente chateada, porque o ex tomou uma surra.- Emma falou demonstrando ali toda sua chateação.
-Acha que estou chateada porque você bateu nele? Deixa de ser imbecil! Estou chateada por que ele poderia ter te machucado pra valer, Emma. Ele tem o dobro da sua força, é um homem, caramba. Poderia nem estar aqui agora, e o que eu faria, hein?! O que eu faria para viver sem você?! Eu não posso, e não vou viver em um mundo onde você não exista, Emma!- permiti me desesperar, a ideia de que Daniel machucasse a mulher que eu amo, me dói na alma. A realidade de talvez não tê-la comigo, era doida demais até mesmo para imaginar.- Não pode agir por impulso, ele é um cretino? Sim! Mas você, você meu amor, é minha família, minha e do Henry, não podemos correr o risco de te perder, entendeu?- falei e no instante seguinte senti minhas lágrimas serem secas pelos dedos de Emma.
-Ei... me perdoa... fui uma idiota... não pensei por esse lado. Meu sangue ferveu quando ele falou de você... 'por favor, não chora, odeio te ver chorar, Amor.- ela colou nossas testas, e me vi na necessidade de me agarrar a ela.
-Não reaja às provocações dele, amor... Com certeza essa não será a última vez, temos que saber lidar. Por favor... por mim, e por Henry...
-Me desculpa amor... não vai mais acontecer.- e dizendo isso, segurei nos cabelos de Emma e a beijei, mesmo gemendo um pouco de dor, ela não me afastou, continuou com o beijo.
Claro, eu estava preocupada com a volta de Daniel, estava apreensiva com o fato dele poder saber sobre Henry, e o conhecendo como eu o conhecia, ele sabia sobre meu filho. Mas confesso, pela primeira vez em anos, não estava com medo que ele contasse para a cidade o que eu fiz, e com isso eu perdesse o meu cargo na prefeitura, eu já era uma grande vencedora, tinha Emma e Henry comigo, e sabia com todo meu coração que com a minha xerife eu poderia contar sempre.
Emma era meu porto seguro, minha tábua de salvação em meio ao mar agitado. Seu abraço, seu carinho, seu beijo me transmitiam a paz que eu precisava para seguir,a questão era simples, com ela ao meu lado eu não temia a jornada, não temia o caminho. Simplesmente sabia que nela, alem de noiva, eu tinha uma amiga, uma companheira, e um escudo, ela jamais soltaria minha mão, e talvez, esse fosse um dos mil motivos que eu tinha para amá-la, a certeza de que independente do que acontecesse, ela estaria ao meu lado, me apoiando, e me amando, como sempre esteve.
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Mais feliz
FanfictionEmma e Regina se odeiam desde sempre. Emma Swan, xerife de Storybrooke, 31 anos, tem pavor de relacionamentos, uma das coisas que mais ama fazer é irritar Regina. Regina Mills, prefeita de Storybrooke, 32 anos, tem um filho de 5, seu coração está fe...