Vamos fazer dar certo.

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POV REGINA

-Então seja minha namorada.- meu coração acelerou, e fiquei alguns segundos em silêncio. Ok, confesso, não esperava que Emma fosse ser tão direta assim, pensei que ela iria dizer algo como: Amigas com benefícios, uma amizade colorida. Mas não, a xerife acabou de pedir para eu ser sua namorada. Eu estava pronta pra isso? E Henry? Como ele reagiria? Meu Deus! Henry!

Dei um salto da cama, e Emma arregalou os olhos me olhando confusa.

-Regina, o que houve?

-Emma, eu marquei com Henry, estou uma hora atrasada.- falei olhando em meu celular rapidamente.- Ele vai pensar que mais uma vez desmarquei, vai ficar extremamente chateado, preciso correr para a casa da minha mãe, Emma.

-Mas...- ela gaguejou, e eu continuei me vestindo. Ok, devia uma resposta a ela, mas dar a desculpa de ir ver o Henry, era também uma forma de ganhar tempo.

-Depois nós conversamos, ok? Eu realmente preciso ir. Estou uma hora atrasada para o café da manhã.- terminei de pegar minhas coisas, e saí sem olhar pra trás. Ok, fui uma cretina? Talvez. Mas eu só precisava de algumas horinhas. Todo esse tempo que estamos ficando, não parei realmente para pensar no que estava sentindo.

Eu não podia dar esse passo sem pensar em todo o sentimento. Não poderia nos ferir de alguma forma.

Ok! Talvez eu só estivesse com medo. Medo de sentir... medo de mais uma vez dar errado.

Desci as escadas do apartamento rápido, e assim que saí na rua, o vento frio bateu contra meus braços despidos, senti um arrepio, mas ignorei. Como passava das 09:00 da manhã de um domingo, não havia muitas pessoas na rua. Caminhei pela calçada até a casa da minha mãe, perdida em mil pensamentos.

O que Emma estaria achando agora? Me questionei, mas em seguida eu mesma respondi a pergunta. Ela pensaria que eu estava dando o fora nela, era óbvio. Que merda Regina! Me repreendi, enquanto envolvia meu corpo com os braços, em um tentativa de aplacar o frio.

Assim que cheguei na porta de Cora, toquei a campainha. Demorou alguns minutos pra ela abrir a porta, e quando o fez, ela usava um avental e segurava uma colher de pau. Ergui a sobrancelha em confusão, ela quase nunca cozinhava, apesar de fazer isso muito bem.

-Regina? Caiu da cama? Ontem você não foi ao bar? Pensei que chegaria mais tarde aqui...- falou me dando passagem.

-Bom dia, Cora. E eu não fui ao bar. Achei que estaria atrasada para o café...- comentei caminhando até a cozinha.

-Você está adiantada, isso sim. Henry nem acordou ainda.

-Entendi...- falei suspirando e me sentando em um dos banquinhos.

-Onde você estava vestida assim?- minha mãe falou indo até o forno, e olhando o que quer que estivesse lá dentro

-Eu... eu resolvi colocar essa roupa apenas.- ela se virou e recostou o quadril ao lado da pia.

-Regina, minha querida, você está com o cabelo todo desgrenhado, a roupa amassada, e a maquiagem borrada.- merda! Sai com tanta pressa que acabei me esquecendo que estava toda desarrumada.

-Eu bebi em casa mesmo, mãe. Sozinha. Acordei com dor de cabeça, e vim correndo pra cá porque pensei que Henry já estaria acordado.

-Ontem assistimos muitos filmes, fomos dormir tarde, resolvi deixá-lo descansar um pouco mais.- ela me entregou uma xícara de café, e eu prontamente bebi o líquido quente.

-Você definitivamente precisa de alguém...- comentou casualmente, e eu levantei o olhar.

-Porque diz isso?

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