POV REGINA
Quando e se ela acordar.
Fazia duas semanas que essa frase se repetia em minha cabeça. Duas semanas que eu não conseguia comer, nem dormir. Duas semanas que eu evitava entrar no quarto em que Emma Estava.
Olhei rapidamente para a minha cabeceira e vi uma foto do início do nosso namoro, nós duas deitadas no sofá da sala, tínhamos acabado de falar sobre a nossa paixão. A paixão que sempre existiu entre nós. Peguei o porta retrato, me sentei na cama, e passei os dedos nos traços da minha noiva. Nem percebi quando Henry entrou ali.
Analisei meu menino, ele estava com o gesso em seu braço e tinha os olhos tristes.
-Mamãe... a senhora precisa ficar bem. A Swan vai sair dessa. Logo ela vai estar aqui. Eu tenho ido ver ela lá no hospital, mamãe. Tenho conversado com ela.- tentei sorrir. Abri os braços para meu filho, e eu o agarrei como se fosse minha tábua de salvação.
-Eu sei filho. Fico feliz por estar indo.- falei enquanto beijava seus cabelos.
-E porque a senhora não vai?- suspirei.
-É complicado filho. Eu me imagino indo e... não vendo a Emma nunca mais. Como se...ela só precisasse da minha presença pra partir.- Henry acariciou meu rosto.
-A senhora sabe que isso não vai acontecer... a Emma prometeu não nos deixar, e nem nos magoar.
-Eu sei filho, mas infelizmente isso não está ao alcance dela.
-Mas a senhora me ensinou que devemos acreditar, acreditar que Deus sempre faz o melhor pra nós. E o melhor pra Emma é ficar com a gente.- não disse nada, não poderia. No momento eu não estava acreditando em Deus, e eu sabia que lá na frente eu poderia me arrepender. Mas não era justo.
-Hen, vamos pro colégio.- minha irmã chamou por meu filho.
-Sim madrinha.- ele se levantou, beijou meu rosto e saiu.
-Me espera lá embaixo.- ele afirmou para Zelena.
-Regina, estou aqui pra ter uma conversa séria com você...- olhei minha irmã, e seu semblante era pesado.
-O que?!
-A mulher que você ama está em uma cama de hospital. Se fosse minha noiva eu não sairia do lado dela um segundo que fosse. Você precisa pensar que a Emma pode não acordar mais, Regina. E pensar também que se ela acordar e souber que você não esteve com ela... isso a deixará arrasada. Se fosse ao contrário ela estaria lá.- nada disse, absorvi as palavras, e em seguida Zelena saiu. Suspirei.
Eu não podia deixar o medo tomar conta assim de mim. Eu precisava ir até lá! Dar força e mandar energia positiva pra Emma. Eu tinha que acreditar que ela sairia de lá.
(...)
Assim que cheguei ao hospital, pedi para entrar no quarto em que Emma estava, não demorou para que eu fosse conduzida até lá. Porém quando estava perto da porta, notei Anna, ex de Emma ali. Olhando com os olhos marejados para a minha noiva.
-O que está fazendo aqui?- ela se virou com o susto.
-Prefeita... eu vim ver como a xerife está.
-Não precisamos fazer teatro, Anna. Não gosto de você! Não tenho motivos pra gostar. Quero que saia do quarto da minha mulher agora.- ela secou as lágrimas e me encarou.
-Muito me admira que tenha vindo aqui... faz duas semanas que não aparece. Mas eu tenho estado aqui...- meu sangue ferveu. E só então percebi como eu era idiota.
-Não te devo satisfação alguma. Agora você deve explicação pra Fiona. Ela sabe que você tem vindo aqui?- Anna ficou em silêncio.- Foi o que pensei. Saia e não volte mais! Não ouse se aproximar novamente da minha Emma. Porque aquela ali, que você está vendo todo dia, é minha mulher! Você já teve sua chance e desperdiçou. Não é justo querer me atrapalhar agora.
-E se a Emma ainda me amar? E se eu ainda sentir algo por ela- fechei minha mão em punho.
-Engraçado você dizer isso mesmo sabendo que a Emma sempre me amou! Sempre pensou em mim mesmo quando namorava você! Se poupe de passar mais vergonha e vá embora!- ele me analisou, e por fim saiu. Respirei aliviada.
Que diabos essa menina veio fazer aqui? Provavelmente tirar o resto de paz que eu tinha no coração.
Virei meu corpo na direção onde Emma estava. Senti meus olhos marejarem, ela estava tão magra e indefesa. Não parecia minha Emma. Tinha bolsas gigantes debaixo dos olhos. E estava com muitos fios conectados nela. Pensei em voltar. Mas eu já estava ali. Tinha que prosseguir. Tinha que dar o apoio e o amor que minha mulher merecia.
Caminhei até perto da cama, coloquei a máscara que haviam me entregado, a Emma não podia pegar nenhum tipo de infecção. Passei álcool nas mãos, e gentilmente toquei o rosto dela.
-Meu amor. Me perdoa pela minha franqueza, estive apavorada esse tempo todo. Ainda estou apavorada.- algumas lágrimas já rolavam por meu rosto.- Isso não é justo Em... finalmente nos encontramos. Estamos vivendo esse amor tão lindo. Não é justo que as coisas terminem assim. Você precisa lutar por nós, meu amor. Eu prometo ser mais forte de agora em diante. Vou estar do seu lado.- baixei o olhar e entrelacei nossos dedos.- O medo me cegou. Me paralisou. Não quero vir aqui e ficar pensando se será a última vez que vou te ver... não vou conseguir viver em um mundo onde você não existas.- me aproximei e delicadamente beijei os lábios dela. Que falta eu estava sentindo.- Eu amo você! Pra sempre!- e foi então que senti um sútil aperto em meus dedos.

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Mais feliz
FanficEmma e Regina se odeiam desde sempre. Emma Swan, xerife de Storybrooke, 31 anos, tem pavor de relacionamentos, uma das coisas que mais ama fazer é irritar Regina. Regina Mills, prefeita de Storybrooke, 32 anos, tem um filho de 5, seu coração está fe...