10. Não sei o que dizer

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Depois de muito tempo escolhendo uma porta, abri qualquer uma, dando de cara com um quarto super organizado. Claro que esse é dele. Já assisti algumas entrevistas dele, dizendo que gostava de limpar, só não sabia que era tanto assim. Não exista nenhum cantinho sujo. Não pode ser.

Entrei e comecei analisar tudo, tão lindo, limpo, cheiroso. Na verdade, esse cheiro, uau... O cheiro dele.

- Você já pode sair! - me assustei com sua voz.

- Ela já foi embora? - me virei e fiquei paralisada por alguns segundos. Como ele pode ser tão lindo?

- Já. Acho que está na hora de você ir também. - ele entrou no quarto, ficando numa distância pequena de mim.

- Me odiou tanto assim? - ele ficou calado- Não pode me deixar dormir aqui? Já esta tarde e ela só foi agora, porque não foi sozinha.

- Por que quer dormir aqui? - disse, cruzando os braços.

- Não é óbvio? Gosto de você!

- Por favor, não fale essas coisas para qualquer um...

- Você não é qualquer um. Irei dormir aqui.

- O que? Por que? - ele diz, descruzando os braços.

- Esta tarde. Por favor, hum? Amanhã de manhã irei embora.

- Tudo bem - diz cedendo- mas não mexa em nada.

- Eu sei.

Naquela noite, começou a cair uma tempestade. Já estava deitada, num quarto de hospede. Ele tem cara de não gostar de visitas, mas tem um quarto preparado. A cada trovão, fechava os olhos e orava para que o medo fosse embora e conseguisse dormir. Precisava dormir, para cumprir a promessa de ir logo cedo.

Depois de me virar algumas vezes, me levantei e fui para cozinha, talvez um pouco de água fosse me ajudar.

- Ai que susto. - digo, ao ligar a luz da sala e ver que ele estava no sofá - Não consegue dormir?

- Não, essa chuva esta me deixando nervoso e não sei o porquê...

- Achei que só eu tinha problemas com a tempestade. - sorri e fui para cozinha.

Peguei a água e o vi vindo na minha direção.

- Você também não gosta de tempestades? - ele se senta de frente para mim.

- Eu até gosto do barulhinho da chuva, mas quando se trata de tempestades fortes demais, não consigo dormir.

Fomos para sala e ficamos nos encarando por alguns segundos, em silêncio.

- Você gosta de soju? - talvez ele estivesse tentando fugir daquele silêncio constrangedor.

- Gosto. Você sabe beber? - disse brincando.

- O que? - ele sorrir - Eu que deveria perguntar isso, criança.

Ele se levantou, pegou uma garrafa e dois copos.

Bebíamos e conversávamos sobre várias coisas. Eu estava certa! Ele é demais, tão sorridente e educado. Pensei no medo de conhecer alguém que admiro e me arrepender, mas quando se tratava de Lee Dong-Wook, esse medo sumia. Sinto que não poderia me arrepender, ele é incrível.

Meu grande amor, Lee Dong-WookOnde histórias criam vida. Descubra agora