51. Lua sendo idiota...

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Estava indo tudo tão bem, que até tinha medo de cometer algum deslize e acabar com a noite. Comecei a beber, me esforçando para ficar bem com Dong-Wook.

Ele por outro lado, estava se divertindo muito. Recebendo vários elogios e muitas moças não se continham e tentavam flertar com ele.

Talvez eu estivesse deixando transparecer minha indignação, já que ele me olhava e sorria, enquanto chegava mais perto das meninas.

- Tudo bem, Lua? - In Na perguntou, enquanto eu me levantava.

- Eu só vou aproveitar mais a noite. - sorri e sai.

Depois de uns longos minutos bebendo sem parar, estava bêbada o suficiente para me soltar e dançar.
Não era muito boa na dança e minha timidez me impedia de dançar em público.
Quando ficava bêbada era outra coisa, me soltava mais e aproveitava o momento, o que me deixava bem no dia seguinte era de me lembrar de tudo. Desconfio que minha memória funcione mais quando estou embriagada.

- Você está bem? - Dong-Wook havia chegado bem a tempo de evitar um baita tropeço meu.

- Que? - tudo girava.

- Esta bêbada? - ele me cheirou.

- Você é mais bonito de pertinho. - segurava suas bochechas.

- Você já disse isso. - ele sorria.

- Eu tenho que ir embora. - falava em meio a cambaleadas e segurando a vontade de vomitar.

- Você pode ficar na minha casa. - ele vinha atrás de mim.

- Por que? - continuei minha caminhada até a mesa em que In Na estava.

- Vocês estão bem? - ela nos encarava.

- Ele quer que eu fique na casa dele e eu não quero. - dizia tão natural sem medo que ouvissem e nem parecia estar alcoolizada.

Estava a beira de admitir meu ciúmes, a cada segundo em que me lembrava da cena dele flertando com aquelas... Se segura, Luazinha!

- Você pode chamar qualquer uma daquelas ali.

- Entendi.. - ele sorria e In Na sorria junto - Esta com ciúmes.

- O que? - ele se aproximava - Fica longe!!

- Eu só tenho olhos para você.

- Oi gente. - Yujin chegou com o Jongsu.

- Amiga, eu te amo! - dizia em meio aos soluços - Tudo esta perfeito, mas eu estou bêbada demais e preciso ir. - ela me encarava, surpresa.

- Quer as chaves? - Jongsu perguntou.

- Não. Vou ficar na casa desse idiota. - apontei para o Dong-Wook e peguei minha bolsinha - Vamos, idiota.

Nos despedimos do casal e de In Na. Quando nos viram indo embora juntos, algumas pessoas pararam tudo o que estavam fazendo e apenas nos observavam.
Dong-Wook percebeu e se aproximou ainda mais de mim, pegando minha bolsa e andando na frente.

- Ya! É melhor você parar de dar motivos para falarem da gente. - bati em seu braço.

- Estou cansado de mentir, de falar que não amo ninguém e que estou bem sozinho. Já te disse que te amo e faria tudo por você. Por que duvida? - ele parou na minha frente.

Nunca pensei que 3 segundos parados, nos encarando, iriam parecer 3 horas. Não sabia o que responder. Deveria o deixar? Tentar? Eu sou muito idiota!!

- Vamos embora... por favor - sussurrei.

Entramos no carro e fomos calados. O caminho para a sua casa parecia que havia aumentado, estava enjoada e a dor de cabeça estava começando a surgir.

Não entendia o porquê da minha ressaca começar no mesmo dia em que bebia.

- Obrigada.

Agradeci quando ele abriu a porta do carro, a porta de casa e me deixou passar na frente, apenas o obrigada saia.

- Você precisa de ajuda? - ele me segurou mais uma vez.

Sorri por causa do álcool, as coisas ainda giravam e as dores ficavam ainda maiores.
O abracei por um tempo, talvez ele também quisesse, pois não se afastou.

- Eu te amo, Lee Dong-Wook! Você é e sempre será o amor da minha vida, mas não quero acabar com a sua carreira.

Me soltei do abraço e fui de encontro com o chão.

Aii!

Me coloquei de pé e fui para o quarto, com ele me seguindo.

- Vou trazer uma camisa pra você.

Ele se retirou do quarto e a chuva começou, estava forte e a qualquer momento os trovões começariam.

Tomei um banho com muita dificuldade, certamente no dia seguinte o arrependimento tomaria conta de mim.
Dong-Wook deixou a camisa na cama e havia saído do quarto, apenas o tempo de me vestir.
Ele se ofereceu para secar meu cabelo, a chuva se intensificou e eu já sabia que não iria dormir.

- Pode ficar aqui? - segurei seu braço.

- Já terminei seu cabelo, boa noite.

- A chuva... - falei baixo.

Ele olhou para a janela, analisou lá fora e voltou.

- Tudo bem - disse, se deitando.

Dong-Wook cochilou primeiro e pude olhar de pertinho seu lindo rosto, matar a saudade do cheiro dele e nossa, como eu me sentia segura ao seu lado.

- Quer me dizer algo? - perguntou, ainda de olhos fechados - Consigo sentir você me encarando.

Me virei para lado e fiquei em silêncio. Os trovões ficavam mais altos e me deixava nervosa, sempre achava que o mundo iria acabar sempre que chovia forte, acompanhada de fortes trovões e da claridade que formava a cada relâmpago.

Senti ele chegando mais perto, até ficarmos de conchinha e consequentemente me acalmando.

- Me desculpa por não ser o que você espera. - beijei sua mão e tentei dormir.

Meu grande amor, Lee Dong-WookOnde histórias criam vida. Descubra agora