Capitulo 38

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Às nove da noite, após um banho delicioso juntos e do qual tenho certeza de que todo mundo ficou sabendo, descemos de mãos dadas até a sala.

Maite e Mane estão se beijando, mas param logo quando eu e Poncho aparecemos.

Passamos para a sala de jantar e nos sentamos ao redor de uma mesa maravilhosa.

Poncho puxa a cadeira para mim e se senta ao meu lado. Percebo que está feliz. Este é seu
ambiente e dá para sentir que está mais a vontade.

Os empregados entram e nos servem um bom vinho, seguido de uma lagosta esplêndida.
Entre risadas e confidências, terminamos o primeiro prato e logo nos servem o segundo, uma carne bem suculenta. Quando acabamos o delicioso sorvete que tomamos de sobremesa, Maite sugere irmos ao jardim.

Após atender um telefonema, Poncho se senta ao meu lado no jardim. Sinto suas carícias contínuas na minha pele e o noto mais pensativo que minutos antes.

Ainda me sinto estranha pelo jeito que Maite me olha, percebo também que Mane também me olha diferente, não tão fixamente como a esposa mas olha.

Será que fiz algo de errado? não gostaram de mim? Meu Deus que angústia...

Conversamos até altas horas da madrugada, quando então decidimos ir dormir.

No dia seguinte, ao acordar, o sol entra pela imensa janela.

Estou sozinha no quarto e me espreguiço na cama. Os lençóis estão com o cheiro de Poncho e isso me faz sorrir.

Lembrar o jeito como fizemos amor ontem me excita, me deixa a mil, mas, convencida de que esse não é o momento certo pra ficar fantasiando, vou tomar um banho.

Enquanto me visto, um barulhinho chama minha atenção. É o celular de Alfonso.

Eu o localizo na mesinha de cabeceira e leio no visor a palavra "Betta". De novo esse nome.

Ao chegar à sala, ouço risadas de Mane, Maite e Poncho, e me surpreendo ao ver um casal mais velho junto com eles.

Eles me apresentam aos pais de Maite, que vieram buscar a neta para passar as férias com eles.

Entrego o celular a Poncho e aviso que recebeu
uma ligação de uma tal de Betta.

Ele guarda o aparelho no bolso da calça, sem mudar de expressão.

Os pais de Maite e a criança vão embora ainda essa noite.

Na manhã seguinte, acordo de novo sozinha na cama. Escovo os dentes, ando até a piscina e rapidamente Mane me agarra e me puxa para a água.

Todos rimos e passamos uns momentos divertidos. Por volta das duas da tarde, nós quatro saímos no carro de Mane para fazer compras em Cádiz.

Acabamos de receber o convite para uma festa à fantasia. O tema é os anos vinte, e precisamos comprar algo.

À noite, após uma divertida tarde de compras, decidimos comer na praia. Terminado o
jantar num ótimo restaurante de Zahara, vamos a um bar e voltamos quase â uma da manhã.

Ao chegar, sentamos na linda varanda.

Ultimamente, Poncho está tão próximo, receptivo, tão ligado a mim. Adora acariciar meu cabelo e sempre que dá, me faz um elogio e eu fico completamente derretida.

Mane vai à cozinha e traz uma garrafa de champanhe. Depois da primeira garrafa, chega uma segunda, da qual bebo mais lentamente, mas curtindo, também.

Maite e Mane são ótimos anfitriões. Fazem de tudo para que nos sintamos em casa e, com esse jeito hospitaleiro, é assim mesmo que me sinto.

Aproveito o momento sentada nesse lindo lugar enquanto meus olhos admiram a piscina oval e a jacuzzi que há ao lado.

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