capitulo 13

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Escuto seu suspiro. Ótimo. Estou conseguindo irritá-lo.

— Um conselho — diz — Leve sempre na bolsa o outro vibrador que te dei. Parece batom e é bem discreto para que ninguém, a não ser você, saiba do que se trata. Tenho certeza de que será de grande utilidade e que você encontrará lugares adequados para usá-lo sozinha ou acompanhada.

Seu comentário me deixa surpresa. Esperava que ele me mandasse à merda, mas não isso.

Mal-humorada, me preparo para voar no pescoço dele, quando de repente ele me pega pela cintura e me atrai para si. Eu olho para ele, ele me olha com um olhar convencido.

A é seu safado, você vai ver só...

Quando tento dar uma joelhada no seu saco, ele põe a mão no meu queixo e me faz olhá-lo nos olhos. E antes que eu possa dizer ou fazer qualquer coisa, passa a língua pelo lábio superior da minha boca.

Depois lambe o inferior e, quando sinto sua ereção contra mim, murmura:

— Quer que eu te coma?

Quero dizer que não. Quero que vá embora da minha casa. Eu o odeio por me sentir usada! Mas meu corpo não responde. E se nega a me obedecer. Tudo o que consigo fazer é continuar olhando para ele enquanto um desejo imenso cresce com força dentro de mim e eu nem me reconheço mais. O que está acontecendo comigo?

— Anahí responda — exige.

Convencida de que só posso dizer sim, balanço a cabeça concordando e ele, sem rodeios, me vira entre seus braços. Me faz caminhar junto com ele até o aparador do quarto. Apoia minhas mãos nele e me inclina para a frente. Depois arranca minha calcinha de uma só vez e eu solto um gemido.

Não posso me mexer enquanto sinto que ele pega a carteira no bolso de sua calça e de dentro dela, uma camisinha. Tira a calça e a cueca com uma das mãos, ao mesmo tempo que massageia minha bunda com a outra.

Fecho os olhos, enquanto imagino ele pondo o preservativo. Não sei o que estou fazendo. A única coisa que eu sei é que estou à mercê dele, pronta para deixá-lo fazer o que quiser comigo.

— Abra as pernas — sussurra em meu ouvido.

Minhas pernas têm vida própria e fazem o que ele manda enquanto acaricia meu traseiro com uma das mãos e com a outra, enrola meu cabelo para me segurar forte.

— Isso pequena, assim.

E com uma forte investida ele me penetra e eu escuto um gemido ofegante no meu pescoço. Isso me atiça. Em seguida me dá um tapa ardido.

Meu Deus, como ele é bom!!

Me seguro no aparador e sinto as pernas fraquejarem. Ele deve ter notado, porque me agarra pela cintura com as duas mãos de modo possessivo e começa a enfiar seu pau com uma intensidade incrível dentro e fora de mim.

Uma vez, outra vez. Uma vez, outra vez.

Naquela posição e sem salto alto, me sinto pequena diante dele. Mais que isso, me sinto como uma boneca que movimentam em busca de prazer.

De repente, as estocadas desaceleram e sua mão abandona meu quadril e desce até minha buceta. Enfia os dedos dentro e procura o clitóris. Minha respiração fica entrecortada.

— Algum dia — diz — vou te comer enquanto te masturbo com o presentinho que te dei.

Digo que sim.

Pelo amor de Deus, faça isso agora, não vá embora...

Seu movimento vai ficando cada vez mais lento e eu me mexo nervosa, estimulando-o a aumentar o ritmo. Ele sabe. Ele intui e pergunta no meu ouvido com sua voz rouca:

— Mais?

— Sim... Quero mais, por favor...

Uma nova estocada até o fundo. Estou ofegando de prazer.

— O que mais você quer? — acrescenta, mordendo meu pescoço.

— Mais.

Grito de prazer com sua nova investida dentro de mim.

— Seja clara, pequena. Você está úmida e quente. O que você quer?

Minha mente funciona a uma velocidade alucinante. Sei o que quero. Então, sem me conter mais, imploro:

— Quero que me foda bem fundo. Quero que me faça lembrar sempre de você...

Um grito escapa da minha boca ao sentir como minhas palavras o atiçam. Sinto que ele respira ofegante. Minha frase o deixa louco.

Suas estocadas fortes e profundas recomeçam e eu me contorço disposta a mais e mais, até que chego ao clímax. Segundos depois, ele goza também e solta um gemido de prazer enquanto me penetra uma última vez.

Exausta e saciada, seguro o aparador com força. Sinto minhas pernas fraquejarem. Sua respiração forte nas minhas costas.

Passado um tempo, me recupero e suspiro, preciso de um banho, estou com calor.

Caminho até o chuveiro, onde me delicio sozinha com a água deslizando no meu corpo.

Demoro mais que o normal. Só espero que ele não esteja mais em casa quando eu sair.

Mas, quando saio, eu o vejo sentado tranquilamente na cama com a taça de champanhe na mão.

Minha nossa senhora, só pode ser brincadeira.

Olho para ele. Que me olha também. E quando percebo que ele vai dizer algo, levanto a mão para interrompê-lo:

— Estou mal-humorada e quando estou mal-humorada é melhor você ficar quieto. Se não quiser levar uns tapas, pega tuas coisas e vai embora da minha casa.

Ele se senta e segura minha mão com força.

— Me solta!

— Não. — Me puxa até me deixar entre suas pernas. — Quer que eu fique aqui?

— Não.

— Tem certeza? - pergunta.

— Sim.

— Vai continuar falando só monossílabos?

Eu o fuzilo com o olhar. reviro os olhos e bufo, com vontade de arrancar dele aquele sorrisinho idiota.

— Que parte de “estou mal-humorada” você não entendeu? vai pro inferno e tenha uma noite horrorosa do lado dele!! ANDA SAI DAQUI!!!

Alfonso me solta. Dá um trago na taça e após saboreá-la, sussurra:

— Ah! As espanholas e sua personalidade forte. Por que vocês são assim?

Eu vou quebrar a cara dele...

Juro por Deus, se ele vier com mais uma pérola, quebro a garrafa de rótulo rosa na cabeça dele, dane-se que é meu chefe.

— Tudo bem pequena, estou indo. Tenho um encontro. Mas volto amanhã às uma. Te convido para almoçar e, em troca, você me mostra alguma coisa de Madri. Que tal?

Com uma expressão séria que nem mesmo Robert De Niro seria capaz de fazer, olho para ele e solto, grunhindo:

— Não muito obrigada. Arrume outra espanhola para te mostrar Madri. Tenho coisas mais importantes para fazer do que dar uma de guia turística pra você.

E ele volta a me provocar. Aproxima-se, chega os lábios mais perto da minha boca, percorre meu lábio superior com sua língua e continua:

— Amanhã eu passo para te buscar às uma. E não se fala mais nisso.

Atônita, abro a boca e respiro bufando. Ele sorri.

Quero mandá-lo tomar no cu, mas não posso. Seus olhos me hipnotizam.

Mas que droga!!

Por fim, enquanto caminha em direção à porta, diz:

— Boa noite, Annie. E se sentir saudades de mim, você já tem com o que brincar.

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