- Onde você estava? - pergunta grunhindo.
- Me divertindo - respondo, fazendo a minha melhor cara de inocente.
Um silêncio incômodo se instala entre nós dois, até que não consigo resistir e pergunto:
- E sua noite, foi boa? Você e Amanda se divertiram?
Poncho suspira. Seus olhos me fulminam.
- Você deveria ter dito onde estava - diz - Te liguei mil vezes e...
- Senhor Herrera - eu o interrompo e, num tom cordial, acrescento educadamente: - Se não me engano, o senhor me deu a opção de decidir se queria jantar com o senhor e com a senhorita Amanda... Não se lembra disso?
Não responde.
- Simplesmente decidi me divertir tanto ou mais que o senhor - continuo com sarcasmo - e pela sua cara, acho que sua noite não foi..... proveitosa, como a minha.
Isso o enche de raiva. Dá para ver nos seus olhos. Olho para sua mão e percebo que os nós de seus dedos estão brancos de tanta fúria.
De repente, abre a porta da limusine.
- Entra - ordena.
Reflito por alguns segundos.
Preciso afronta-lo.
O suficiente para deixá-lo ainda mais irritado.
- E por que eu faria isso? - pergunto cruzando os braços.
- Porque estou mandando Anahí.
- Mil perdões senhor, mas estou cansada, se o senhor me der licença... - digo me virando para entrar no hotel.
- ANAHI...... entra nesta porra agora.
Com um sorrisinho de lado, decido entrar. Na verdade era tudo o que eu estava querendo.
Fecho a porta. Poncho me olha de um jeito desafiador e, sem tirar os olhos de mim, aperta um botão da limusine.
- Arranque.
Sinto o carro se deslocar.
- Para sua informação, senhorita Portilla - acrescenta, com a mandíbula tensa - o jantar com a senhorita Amanda foi de negócios. E, como manda o protocolo, a senhorita é a secretária e por isso era à senhorita que eu deveria convidar e não a Amanda Fisher.
Estou de acordo. Tem razão. Eu sei, mas continuo puta com isso.
Sem querer dar o braço a torcer, respondo:
- Espero que o senhor ao menos tenha se divertido na companhia dela.
O olhar de Poncho me incendeia, enquanto ele se mantém a poucos centímetros de mim, sem se aproximar.
Seu perfume embriaga meus sentidos e centenas de borboletas começam a bater asas no meu estômago.
- Eu lhe garanto, acredite ou não, que eu teria aproveitado mais se estivesse na companhia da senhorita. E antes que continue se comportando como uma menina malcriada, exijo saber com quem esteve e onde. Estou há horas esperando a você voltar, sentado nesta limusine, e quero uma explicação.
Seu comentário acaba com minha indiferença.
- É sério que você ficou horas me esperando na porta do hotel?
- É.
Mas que merda, me desmontou toda, infeliz.
Ele ficou me esperando!
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Peca-me o que quiser
Hayran KurguRecém-chegado ao comando da empresa Müller, antes dirigida por seu pai, Alfonso tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Anahí e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. Mesmo sabendo que está se metendo numa situ...