Quando meu despertador toca, sinto vontade de morrer.
Estou cansada. Passei a noite em claro pensando no que ocorreu naquele bar.
As palavras de Poncho, seu olhar e o modo como aqueles homens me desejavam — tudo isso não me deixou dormir.
No fim das contas, por volta das quatro da manhã, tirei o vibrador da mala e, após brincar um pouco com ele, consegui apagar meu fogo interno.
Assim como ontem, Amanda, Poncho e eu saímos do hotel e o motorista nos levou até os escritórios para continuarmos a reunião.
Hoje eu vim de calça. Não quero que aconteça a mesma coisa que ontem.
Logo que me vê, Poncho me olha de cima a baixo e, embora só tenha me dado bom dia, pelo tom de sua voz eu percebo que ele já não está irritado.
Pois problema dele, eu ainda estou.
Durante horas, enquanto escuto atenta a reunião, nossos olhares se encontram várias vezes. Hoje ele não me manda nenhum e-mail, nem interrompe a reunião.
Que alívio! Quero ser profissional no meu trabalho.
Às sete da noite, quando chegamos ao hotel, me despeço dele e de Amanda e subo para meu quarto. Estou tão cansada que após um banho, caiu na cama como pedra.
Acordo por volta das dez com o toque do meu celular.
O pego e leio uma mensagem de Poncho: “Acorda.”
Com esforço, levanto da cama e tomo uma chuveirada.
É sábado. Hoje não temos nenhuma reunião.
Durante o banho, reflito um pouco, acho que minha raiva já passou, mas não sei se tô afim de ficar a sós com ele ainda.
Quando saio do banho, enrolada na toalha, alguém toca a campainha. Abro e encontro um maravilhoso Poncho de jeans com cintura baixa e uma camisa branca aberta.
Sua aparência é sedutora e selvagem. Ele está absurdamente gostoso.
— Bom dia, pequena.
— Oi!
Olho para ele com cara de poucos amigos.
— Quer passar o dia comigo? — diz.
Sua pergunta me surpreende. Pela primeira vez, não está mandando.
Aí meu Deus, eu não consigo dizer não!!
— É, não tenho nada pra fazer.
— Ótimo! Vou te levar para almoçar num lugar delicioso. Põe o biquíni.
Concordo e ele entra na suíte.
— Se veste ou então meu almoço vai ser você — murmura com voz rouca.
Dou uma risada com seu comentário.
Mas que descarado safado.
Quando entro no quarto, ponho uma música que adoro, e enquanto me visto, eu canto:
Muero por tus besos, por tu ingrata sonrisa.
Por tus bellas caricias, eres tú mi alegría.
Pido que no me falles, que nunca te me vayas
Y que nunca te olvides, que soy yo quien te ama.
Que soy yo quien te espera, que soy yo quien te llora,
Que soy yo quien te anhela los minutos y horas...
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Peca-me o que quiser
FanfictionRecém-chegado ao comando da empresa Müller, antes dirigida por seu pai, Alfonso tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Anahí e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. Mesmo sabendo que está se metendo numa situ...