Sua resposta é irrebatível e minha respiração fica entrecortada.
Não entendo suas mudanças de humor. Uma hora ele me olha com devoção e logo depois diz que entre nós só haverá sexo.
— Não tem problema, Alfonso. Sou suficientemente crescida e bem resolvida para poder escolher com quem vou pra cama e com quem não vou.
— Claro, e espero que você faça isso mesmo. Mas eu não te dei opção.
— Ah, não?
— Não, Annie. Simplesmente gostei de você e te procurei. É o que sempre faço quando alguém me atrai.
Essa resposta me atinge em cheio.
— Imbecil! — grito enfurecida. — Agora você está se comportando como um verdadeiro babaca.
Não se move. Não responde.
Poncho se limita a me olhar e a aceitar meus insultos.
— Annie... pode me xingar se quiser, mas você sabe que é verdade. Fui eu que desde o primeiro dia que te vi provoquei tudo o que houve entre a gente. No arquivo. No restaurante aonde te levei. No quarto do meu hotel, quando fiquei assistindo enquanto outra mulher te possuía. Na casa de swing de Barcelona. Você nunca tinha feito nada
disso. Mas eu te levei pro meu mundo. Admite, pequena.— Alfonso...
— Há pouco tempo você disse que não quer participar das minhas brincadeiras, esqueceu?
Está certo... de novo ele está certo.
— Gosto de tudo que faço com você — respondo, perdendo toda a razão que ele disse que tenho. — Seu jogo me atrai e...
— Eu sei, pequena, eu sei — diz, colocando a mão na minha perna. — Mas isso não me impede de pensar que não sou o homem que te merece e que talvez outra pessoa te faça mais feliz.
Está claro em quem Poncho está pensando, mas desta vez não toca no nome dele.
— Olha, Annie, gosto de sexo, gosto de jogos eróticos e pervertidos e adoro ver uma mulher sentir prazer. Neste momento, essa mulher é você, mas algo me diz que preciso parar, que você não deveria entrar no meu jogo ou...
— Não sou a santa que você supõe. Já tive várias relações e...
Meu comentário o faz sorrir e ele me interrompe:
— Annie... para mim você é uma santa, sim. O que você fez nas suas relações anteriores não tem nada a ver com o que quero que você faça comigo.
Meu estômago se contrai.
Só de pensar no que ele quer fazer comigo, fico com a boca seca.
— O que você quer fazer comigo?
— Tudo, Annie, com você eu quero fazer de tudo.
— Estamos falando só de sexo?
A pergunta o pega de surpresa.
Seus olhos não me enganam. Sei que há algo que guarda para si e preciso saber o que é.
— Não. E esse é o problema. Não posso permitir que você fique muito envolvida comigo.
— Mas por quê? Meu Deus, você me deixa tão confusa...
Não responde.
Apenas encosta sua testa na minha e fecha os olhos. Não quer olhar para mim. Não quer responder.
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Peca-me o que quiser
Fiksi PenggemarRecém-chegado ao comando da empresa Müller, antes dirigida por seu pai, Alfonso tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Anahí e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. Mesmo sabendo que está se metendo numa situ...