Capitulo 41

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Dois dias depois, após a noite de sexo selvagem que tivemos no quartinho de jogos de Maite e Mane, a vida segue seu rumo.

Cada vez estou mais envolvida com Poncho, e sinto que ele também está mais ligado a mim. Tudo de que preciso ou que desejo, antes mesmo de eu pedir, ele me dá.

Será que está se apaixonando por mim? Não... seria sonhar muito, ate pra mim.

Esta manhã, Mane decide pedir uma paella na praia. Por volta das duas da tarde, descemos para comer no quiosque.

Está deliciosa. A melhor paella mista que já comi na vida.

O telefone de Poncho toca o tempo todo, e várias vezes leio o nome de Marta ou o de Betta. Não digo nada, apesar de que estou ficando cada vez mais irritada, porém, sei que se eu não me controlar vou acabar estragando as coisas.

Após a paella, resolvemos deitar na praia e pegar um pouco de sol.

O telefone de Poncho volta a tocar, o olho de imediato, pelas lentes do óculos de sol, vejo ele digitar alguma coisa no aparelho, e logo apos fica aflito e pede a Mane que o leve ao chalé.

Seu humor mudou e ele não faz questão alguma de disfarçar.

Me levanto, rápida, e começo a recolher as coisas. Poncho, ao me ver, me pega pela mão.

— Fica aqui com Maite, amor. Mane voltará pra ficar com vocês.

— Não... não, vou contigo — insisto.

— Eu disse pra você ficar, Anahi... não quero companhia. Estou com dor de cabeça e preciso ficar sozinho.

Seu tom de voz me enfurece.

— Olha aqui, seu chato, não me interessa se você não quer companhia, eu disse que volto contigo e não se fala mais nisso. Se você não quiser minha companhia, tudo bem, eu nem chego perto de você, mas eu quero ir.

— Porra! — diz, grunhindo. — Eu disse pra você ficar, sera que você não pode apenas me obedecer?

Obedecer?....

— Olha aqui, não grite comigo desse jeito, eu não gosto desses showzinhos e menos ainda quando não sei o motivo. Então vou contigo e pronto.

Continuo insistindo, mas Poncho não deixa. Está irritado e por mais que eu tente convencê-lo, a única coisa que consigo fazer é deixá-lo ainda mais aborrecido.

Eu não quero invadir seu espaço, quero ajuda-lo, mesmo que ele não me deixe chegar perto, quero que saiba que eu estou ali.

Maite se coloca entre nós dois e tenta apartar a discussão.

Mane fala algo com Poncho e o acalma. Não entendo por que ele está assim, é sempre isso, uma hora está bem e em questão de segundos, parece que entra um espírito nele e ele vira o próprio capeta !!!

Logo após ele e Mane sairem, Maite e eu ficamos quietas pegando sol, até que ela diz:

— Anahí, não se preocupa. Não está acontecendo nada.

Mordo os lábios. Estou tão irritada.

— Tá acontecendo, sim, Mai. As mudanças de humor dele me estressam. Uma hora está bem e na outra... tenho vontade de estrangula-lo.

— Vocês se conhecem há pouco tempo, né?

— É. Uns quatro meses, mais ou menos.

— Só isso?

— Só.

Ela faz um gesto com a cabeça.

— Então, meu doce... te garanto que conheço Poncho há muitos anos e nunca o vi tão envolvido com uma mulher.

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