Vejo-o desaparecer e observo o quarto. Meus olhos se detêm na filmadora. Estou louca para assistir ao que gravamos.
Me levanto e caminho sem roupa até o banheiro. Escuto o chuveiro.
Quero tomar um banho!
Poncho me vê entrar. Está mexendo numa nécessaire e ao me ver refletida no espelho, se irrita e fecha a bolsinha.
— O que você está fazendo aqui?
Sua voz me paralisa. O que houve com ele?
— Estou com calor e quero tomar um banho.
Com a sobrancelha franzida, responde:
— Por acaso te pedi que entrasse no chuveiro comigo?
Olho para ele desconcertada.
Mas... o que deu nele?
Sem responder nada e irritada com sua reação, lhe dou as costas. Que se dane! Mas então sinto sua mão molhada segurando a minha. Me solto e digo:
— Odeio quando você fica desse jeito. Já sei que o que temos é só sexo, mas não entendo por que uma hora você está legal comigo e de repente, numa fração de segundo, tudo muda e você vira um imbecil. Sério, por que você precisa falar comigo desse jeito?
Poncho olha para mim. Vejo-o fechar os olhos e por fim ele me puxa para si. Me deixo abraçar.
— Desculpa, Annie. Você tem razão. Desculpa pelo meu tom.
Estou irritada.
Tento me soltar, mas ele não permite. Me pega no colo, me leva até o enorme boxe onde fica o chuveiro, me solta e diz enquanto a água nos molha:
— Vire de costas.
Percebo suas intenções e me nego, furiosa.
— Não! Vire você - respondo cruzando os braços e levantando o nariz.
Ele sorri. Inclina a cabeça e murmura, segurando-me de novo entre seus braços:
— Tudo bem.
Ao estar novamente suspensa no meio dos seus braços, com os pés sem tocar o chão, sinto seu pênis duro encostando nas minhas pernas. Olho para Poncho, e ele aproxima seus lábios dos meus. Mas eu recuo rapidamente.
— O que você está fazendo?
— A cobra.
— A cobra? — ele repete, surpreso.
Sua expressão de desconcerto me faz rir. Minha irritação se dissipa.
— Na Espanha, dizemos “fazer a cobra” quando alguém vai te beijar e você se afasta — explico.
Isso o faz rir, e sua risada é irresistível. Ele aperta os olhos quando sorri assim, uma gracinha. Instintivamente envolvo sua cintura com minhas pernas.
— Se eu te beijar, você vai me “fazer a cobra” de novo? — pergunta, sem se aproximar de mim.
Faço cara de pensativa, mas, quando sinto seu pênis duro, murmuro:
— Não... se você me foder.
Meu Deus! O que eu disse?!
Eu disse “foder”? Se meu pai me ouvisse, lavaria minha boca com sabão durante um mês inteiro.
Me sinto vulgar por soltar essa frase, mas esse sentimento logo desaparece quando vejo Poncho sorrir e com uma das mãos, segurar seu pênis e esfregá-lo na minha buceta.
Perversa. Neste momento me sinto perversa. Malvada. Malvadinha.
Me apoia contra a parede e eu me seguro a uma barra de metal.
— O que foi que você me pediu, pequena?
Meu peito sobe e desce de tão excitada que estou ao ver seu olhar. Então repito:
— Me fode!
Minhas palavras lhe agradam e o atiçam. Posso ver em seu olhar.
Ele gosta de usar esse verbo atiçar, fica mais excitado. Mais selvagem.
Sem camisinha e sem precauções, debaixo do jato do chuveiro sinto minha carne se abrindo quando ele enfia em mim seu pênis maravilhoso e molhado. Sim!
É a primeira vez que sua pele e a minha se esfregam sem preservativo, e é uma delícia!
Alucinante.
Meu frenesi aumenta, e quando sinto seus testículos se esfregando contra mim, me agarro a seus ombros para marcar o movimento. Mas Poncho, como sempre, não me deixa.
Põe suas mãos na minha bunda, as aperta com força e após me dar um leve tapa que me faz olhá-lo nos olhos, me move em busca de nosso prazer.
O som de nossos corpos se chocando, junto ao da água, me consome totalmente.
Fecho os olhos e me deixo levar enquanto nossos gemidos ecoam no banheiro luxuoso.
— Olhe para mim — exige. — Se você gosta dos meus olhos, olhe para mim.
Abro os olhos e o encaro.
Vejo sua mandíbula tensionada, mas seu olhar esverdeado é o que me enfeitiça. O esforço que sinto em seu rosto e sua boca entreaberta me excita mais ainda.
Então aumenta o ritmo das estocadas e eu grito e jogo a cabeça para trás.
— Olhe pra mim. Olhe pra mim sempre — volta a exigir.
Com os olhos vidrados pelo momento, me agarro com força em seus ombros e fixo os olhos nele. Me deixo guiar enquanto seu olhar diz muita coisa.
Me pede aos gritos que eu goze. Quer meu orgasmo e quando não consigo mais segurar, cravo as unhas nos seus ombros e solto um grito agoniado mas cheio de prazer.
— Isso... assim... goza pra mim.
Minha buceta se contrai e meus espasmos internos conseguem fazer o que quero. Dar prazer a ele. Vejo isso em seus olhos. Ele está gostando.
Após uma estocada brutal, sai de dentro de mim e eu o escuto soltar o ar entre os dentes, enquanto morde meu ombro pelo esforço feito.
A água desliza pelos nossos corpos enquanto respiramos ofegantes. O que fizemos foi sexo em estado puro. E reconheço que gosto disso tanto quanto ele.
Poncho abre um pouco mais a água fria. Solto um gritinho e como duas crianças, começamos a brincar debaixo do chuveiro do hotel.
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Peca-me o que quiser
FanfictionRecém-chegado ao comando da empresa Müller, antes dirigida por seu pai, Alfonso tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Anahí e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. Mesmo sabendo que está se metendo numa situ...