3.2- A verdade

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                    Hope Moormeier

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                    Hope Moormeier

Me sento no chão e abro o caderno em uma página aleatória. "Acho que não gosto mais do Jaden, não como namorado pelo menos. Quero terminar, mas tenho medo do que ele pode fazer. Ultimamente está tudo muito complicado na minha vida. Na verdade ela sempre foi complicada, mas agora está pior. Tudo parece insignificante para mim. Minhas notas são boas, mas não ligo para a escola, meu namoro com o Jaden é entediante e a tempos que suas atitudes vêm me assustando. Já me confirmei que meu pai nunca irá mudar. Não tenho tido energia para nada. Só saio de casa para ir á escola. Estou sempre no meu quarto e deitada. Muitas vezes não tenho energia nem mesmo para levantar e comer ou tomar banho. Me olho  no espelho e não gosto do que vejo. Não sinto mais nada, é como se nada mais me abalasse, nem mesmo os cortes em meus braços doem mais. Estou cansada de tudo, então talvez fosse melhor se eu não estivesse mais aqui. Esse pensamento tem rodeado minha mente a meses. Já não sinto nada mesmo e tenho certeza que poucos iriam se abalar com a minha perda e ainda assim conseguiriam se recuperar". Não aguento ler nem mais uma palavra e estou aos prantos. Só de me lembrar de tudo que passei nessa época meu coração dói.

Depois de me acalmar do choro, guardo o caderno em uma gaveta e lavo meu rosto. Payton me manda uma mensagem avisando que vai almoçar no campos, então preparo somente um miojo para mim. Depois de almoçar fico pensando em tudo que aconteceu na minha vida e chego a conclusão de que estou pronta para contar a Chase. Mando uma mensagem pedindo a ele que venha aqui em casa e enquanto não chega arrumo um pouco a sala e a cozinha. Pouco antes de dar três e meia da tarde a campainha toca.

—Oi –ele diz e eu respondo lhe puxando para um beijo, desesperada por seu toque.

—Estava com saudade –eu digo encerrando o beijo e ele sorri.

—Eu também. Você está melhor?

—Um pouco –o puxo pelo braço até o sofá e nos sentamos. –Chase, eu te chamei aqui... porque você merece entender o que aconteceu aquele dia na festa e eu estou pronta para te contar agora.

—Tem certeza de que quer me contar? Não quero que se sinta precionada

—Não se preocupe, ok?! Estou bem em relação a isso e confio em você

—Tudo bem então, mas se em qualquer momento você não se sentir bem, não precisa continuar –ele diz e faço que sim com a cabeça respirando fundo antes de começar a falar.

—Bom como você sabe antes de vir para Los Angeles, eu e o Payton morávamos em Sacramento com nosso pai. Nossa mãe morreu quando eu tinha cinco anos e Payton sete. Ela tinha leucemia desde quando eu tinha dois anos e infelizmente não resistiu. Dois anos depois que ela morreu, nosso pai começou a beber e sempre chegava tarde em casa porque depois do trabalho ia para o bar. Payton sempre cuidou de mim, sempre me levava e buscava na escola, me ajudava com os deveres, me defendia e brincava comigo. Mas é claro que nós sentíamos falta da presença do nosso pai, então um dia Payton foi conversar com ele, para pedir que ele parasse de beber e de chegar tarde em casa, mas aí –faço uma pausa e respiro fundo –nosso pai bateu nele. Isso nunca tinha acontecido antes e achávamos que não ia acontecer novamente, mas aconteceu várias outras vezes. Ele sempre batia no meu irmão, mesmo sem motivo algum. Eu odiava ver Payton passando por isso e não poder fazer nada. Eu mal olhava na cara do meu pai. Me sentia horrível e acabei desenvolvendo ansiedade e depressão e sempre que eu tinha uma crise eu cortava meu braço com uma lâmina. –mostro minhas cicatrizes para ele e uma lágrima caí de seu olho marejado. –Um dia na saída da escola, quando eu tinha quase quinze anos, conheci Jaden. Nós começamos a conversar e fazíamos aula de geometria juntos, então sempre estudamos juntos na biblioteca. Nós começamos a sair muito e ficamos próximos, até que nossos sentimentos foram mudando e ele me pediu em namoro. No começo era maravilhoso, nós saíamos sempre, ele sempre ia lá em casa, era carinhoso, me ouvia, me entendia e fazia com que eu me sentisse bem e segura ao seu lado. Até que começaram seus ataques de ciúmes. Ele não gostava que eu saísse e nem conversasse com ninguém que não fosse ele. Até mesmo da Suzie ele tinha ciúmes. Eu já não me sentia segura com ele e a relação claramente não era saudável, mas sempre que eu tentava falar sobre terminar, ele dava um jeito de fazer alguma chantagem emocional comigo. Falava que não conseguiria viver sem mim e nem eu sem ele; que poderíamos resolver nossos problemas, que brigas eram normais e que tudo que ele fazia era porque me amava. Eu aceitava tudo e coloquei na minha cabeça que era normal, mas claramente não era. Alguns meses depois de eu ter feito quinze ele começou a tentar algo mais. Eu não estava pronta para isso. Algumas vezes ele me respeitou quando disse que não queria, mas teve um certo dia em que estávamos sozinhos na minha casa, assistindo tv na sala até que começamos a nos beijar. No começo era um beijo normal e calmo, como sempre, mas ele começou a me beijar com mais força e a descer os beijos pelo meu pescoço. Eu tentei pedir para que ele parasse mas não funcionou... Jaden começou a passar a mão pelo meu corpo e tentar tirar minha roupa. Eu já está dando tapas nele mas ele não parava. Estava quase começando a chorar de desespero, até que Payton chegou e o tirou de cima de mim. Meu irmão socou a caraa de Jaden umas cinco vezes e o expulsou de casa. Também falou para nunca mais chegar perto de mim. Depois disso ele me consolou e passou o resto da noite comigo. Eu mudei de escola e nunca mais vi Jaden. Comecei a fazer terapia, porque já não aguentava mais e para piorar Suzan estava se mudando aqui para Los Angeles. Um dia quando eu tinha dezeseis anos, cheguei em casa depois da aula e ouvi gritos no andar de cima. Quando abri a porta do quarto de Payton, ele e meu pai estavam brigando. Eu não aguentava mais aquilo tudo então entrei no meio dos dois e comecei a brigar com meu pai, mas quando toquei no nome da nossa mãe, ele perdeu o controle e veio para cima de mim, mas Payton segurou seu braço antes que pudesse me atingir. Então é claro que mais uma vez ele descontou tudo no meu irmão. Essa foi a pior briga que eles já tiveram e Payton saiu com um braço quebrado, um olho roxo, hematomas na barriga e nas costas e o lábio cortado. Alguns dias depois nosso pai cancelou nosso plano de saúde, para ter mais dinheiro para gastar com bebida, então não pude mais fazer terapia. Eu estava pior do que nunca. Payton prometeu que assim que se formasse e entrasse na faculdade, nós dois viramos para Los Angeles e todo ia ser melhor. Mas eu não tinha esperança e nem paciência para mais nada. Então eu planejei tudo. Escrevi uma carta para Suzie, uma para Payton e uma para os pais da Suzie que sempre nos ajudaram muito. Também escrevi uma para meu pai e para o Jaden para eles saberem o quão culpados foram. Arrumei meu quarto e deixei as cartas onde poderiam encontrá-las com facilidade. Enchi a banheira do banheiro e tomei vários remédios até ficar chapada ao ponto de ter uma overdose e depois me afogar. E foi o que aconteceu. Mas Payton chegou mais cedo em casa aquele dia e poucos segundos depois da minha overdose ele chamou a ambulância. Eu fiquei internada por três semanas. Não precisei fazer reabilitação porque não era uma drogada. Suzan e Payton me fizeram jurar que não faria isso de novo e eu não fiz, mas por um longo tempo tive vontade. Quando estava perto da formatura Payton começou a trabalhar em dobro e juntou dinheiro para nosso apartamento. Entrou na faculdade e então nós nos mudamos. Finalmente seríamos só nos dois, sem nosso pai, eu estaria com a Suzie novamente e em uma escola nova. Quando tinha acabado de me mudar, ainda estava mal, mas aí conheci minha amigas, os amigos do Payton que agora também são meus amigos e... Você, meu namorado. Você foi a primeira pessoa por quem eu me apaixonei de verdade. E foi o único depois de muito tempo em quem eu consegui confiar de verdade. –quando termino nós dois estamos chorando litros e Chase me puxa para seu colo para me abraçar.

 –quando termino nós dois estamos chorando litros e Chase me puxa para seu colo para me abraçar

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🅶🆁🅰🅳🅴🆂:

                  𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐚𝐝𝐨 !

•Não se esqueçam de votar e comentar pfvr, isso me ajuda mto

•Alguns capítulos atrás eu acabei escrevendo errado e coloquei que a Hope morava antes em Santa Barbara, mas na vdd era em Sacramento. Já corrigi esse erro, então não fiquem confusos por estar escrito Sacramento e não Santa Barbara.

        𝔼𝕤𝕡𝕖𝕣𝕠 𝕢𝕦𝕖 𝕥𝕖𝕟𝕙𝕒𝕞 𝕘𝕠𝕤𝕥𝕒𝕕𝕠 !
                      bjss, Maria ♡

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The sun of my moon  || Chase HudsonOnde histórias criam vida. Descubra agora