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Chase Hudson
—Seu pai? Justo ele?
—Infelizmente, sim. A alguns anos ele sofreu um acidente de carro e por muito pouco não precisou de transfusão de sangue. Mas eu lembro dos médicos dizendo que o tipo sanguíneo dele era RH nulo, ou seja o mesmo tipo da Hope
—Tá bom, se ele é a nossa única esperança vamos atrás dele
—Não é tão simples. Ele foi um pai de merda a nossa vida inteira, não sei se vai aceitar ajudar Hope
—Mas ele ainda é o pai, não vai querer que a filha morra –não sei se acredito no que eu acabei de dizer.
—Não confio naquele homem, mas temos que tentar
—Você sabe onde ele mora?
—Provavelmente ainda está em Sacramento, em nossa antiga casa
—Ok, você ainda se lembra do endereço?
—Sim, podemos ir hoje mesmo
—E quem vai ficar com Hope?
—Já combinei tudo com Suzan
Saímos do hospital e entramos no carro de Payton. Saímos de Los Angeles às 10h e 30min. Fizemos uma parada para comer e depois continuamos. Quando chegamos em Sacramento já eram 16h e 40min.
Estamos chegando na casa e percebo Payton nervoso.
—Qual o nome dele?
—Willian –ele responde e eu não digo nada. Payton estaciona em frente a casa e nós tocamos a campainha.
—Você acha que ele está?
—Se não estiver no bar, está aqui –agora ele parece bravo.
Algum tempo depois sem resposta, tocamos a campainha mais uma vez.
Quando estamos quase desistindo Willian abre a porta. Olha para Payton e arqueia as sobrancelhas como se estivesse surpreso em vê-lo, mas logo começa a rir. Fico sem entender.
—Oi pai –Payton diz.
—O que você tá fazendo aqui? –ele pergunta aos risos. Payton passa pela porta sem falar nada e eu o sigo.
A sala e a cozinha estão repletas de garrafas e latas de cerveja vazias. A casa cheira a álcool, assim como Willian.
—Você não respondeu minha pergunta. Pensei que nunca mais te veria. Cadê sua irmã?
—Também pensei que nunca mais te veria, e como desejei isso. Mas eu preciso da sua ajuda
—Você precisa da minha ajuda? –ele debocha e ri ainda mais. –Para que?
—Hope está hospitalizada e precisa de transfusão de sangue
