De Profundis

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Enviezados seguem os passos descuidados
A conduzir, trôpego, o timoneiro da esperança perdida
Por mais que das tormentas advenha a bonança
O fado vil, como carma, transmuta ouro em flandres
Das promessas, agouros frustram a fortuna
Tornando em óbolos as conquistas imerecidas
Consumindo a essência, o âmago é o que resta
Desnudando ao roto a alma em frangalhos
Augúrios tardios da outrora quimera
Lívida agora, conquanto esvanecida
Até que o gozo seja apenas nostalgia.

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