Livro-me de ti, escória de lembranças mal vividas
E livro a quem de mim aspirou alvíssaras em troca de ilusões
Livro do dever da recíproca aqueles que amparei, pois falhei mais do que acertei
Livro do futuro as vivências do porvir, por constatar que o que vivi já me basta
Livro-me da minha vida, à parte esquálido vivente, ainda persisto de pé, à espera do nada
E cerro o livro da minha vida, escrito por mim, mas lido por ninguém.