Capítulo 11

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Um sorriso subiu aos seus lábios e de uma forma gentil se aproximou sendo abraçado suavemente como era todos os dias, falsamente se afastou e olhou nos olhos do mais velho que lhe sorria, o quão tolo aquele homem poderia ser ao ponto de tê-lo aceito e agora estar em suas mãos? Não era algo importante eram perguntas sem sentido no final Xichen era dele apenas dele e de mais ninguém, quando ele era apenas um garoto invisível e indesejado o mais velho foi o único a recebê-lo a aceitá-lo, dá-lo carinho e entendê-lo a fundo, sempre que precisava de ajuda Xichen estava lá para estender a mão e mantê-lo seguro, era mais dois que certo que deveriam ficar juntos, Xichen sempre foi dele e de mais ninguém, mas havia Cheng o roubando e o levando para longe de si então ele apenas precisava se livrar dele e finalmente, finalmente Xichen seria eternamente seu como estava predestinado a ser e agora apenas faria isso por uma segunda vez.

— Você parece cansado, querido — Meng Yao acariciou a face de Xichen — Parece que foi um dia exaustivo.

— Um pouco — Xichen murmurou — Nada que eu não esteja acostumado.

Meng Yao se aproximou sentindo um toque suave de uma essência diferente da que Xichen usava.

— Vamos jantar e depois podemos subir para que você descanse — ajeitou delicadamente a gravata um pouco amassada do mais velho — O que houve com sua gravata? Parece que foi puxada.

— Ah, isso — Xichen se afastou — Eu estava um pouco ansioso hoje então fiquei mexendo nela algumas vezes.

Meng Yao leu um traço de nervosismo em Xichen rápido e quase invisível mas estava ali, suas ações eram diferentes do habitual, um pouco mais evasivas como se quisesse mantê-lo distante em uma tentativa de fazer que ele não notasse algo, talvez.

— Hum — encarou o rosto de Xichen notando um leve ferimento em seu lábio inferior — Querido, seu lábio está ferido — se aproximou novamente tocando-o.

— Eu o mordi com certa força hoje.

— O que o deixou tão ansioso, Xichen? — um leve tom de desconfiança sobressaiu naquelas palavras.

Xichen desviou seus olhos para qualquer lugar não encarou a face de Meng Yao que mantinha um sorriso suave em seus lábios, apertou suavemente seus punhos mal dizendo o nome de Cheng em sua mente e aquele maldito beijo.

— Os últimos dias foram agitados — falou — Eu me sinto ansioso depois de tudo que aconteceu.

— Querido — segurou as mãos de Xichen — Não fique assim, está tudo bem a chegada de Cheng tirou algumas coisas do eixo mas continuamos bem.

— Sim, mas ainda tem a morte de seu pai — desconversou tocar no nome de Cheng era tudo que menos queria agora — E a do nosso sócio.

— Isso já passou, foi algo doloroso, mas precisamos seguir em frente. Suba tome um banho e descanse, eu o chamarei para jantar.

Xichen assentiu subindo as escadas, o sorriso no rosto de Meng Yao morreu sua face se fechou e sua expressão habitual quando tratava de seus negócios estava ali, tendo um pouco mais de ódio no fundo de seus olhos, apertou seus punhos em fúria, aquela maldita essência pertencia a Cheng.

[....]

Cheng riu alto ao ler o que havia escrito na pasta em suas mãos, Wei ergueu suas sobrancelhas se perguntando se ele finalmente havia enlouquecido ele poderia herdar todo seu dinheiro, mas aquilo não aconteceria tão rápido então apenas cruzou suas pernas e esperou que o mais velho terminasse de se deleitar com a nova boa notícia do dia.

— Então — Cheng ajeitou seu terno — É exatamente aqui que começamos?

— Sim, não há uma barreira menos fácil que essa — deu de ombros — Mas certamente vamos precisar de algo para que isso saia sem parecer algo fake.

— Me deixe pensar rapidamente — se encostou em sua cadeira — Enquanto isso deixou-o avisado que iríamos até a casa de Xichen na próxima semana, ver meu filho.

— Pensei que a reunião de hoje terminaria com os dois possivelmente se odiando ainda mais ou resolvidos — se inclinou — Mas temos um impasse, não é mesmo?

— Talvez — desdenhou — Garanto que ódio não há entre nós, o que houve no passado foi falta de maturidade de ambas as partes — suspirou — Poderíamos ter resolvido tudo em uma conversa mas fomos cabeça dura.

— Eu concordo mesmo que isso não mude lá fato de Meng Yao ter feito o que fez.

A atitude de Meng Yao era como um ato desesperado sobre o olhar de Cheng, talvez ele o matasse lentamente caso seu plano na época tivesse falhado mas como tudo correu bem, a maldita víbora apenas achou que teria Xichen para si e viveria em paz, mal contava com sua volta do inferno.

— Meng Yao sempre foi obcecado por Xichen — declarou com certo desgosto — Na cabeça dele Xichen o pertence.

— Ele é um louco — disse pegando uma das milhares balas de café que agora carregava em seu bolso — Ele não vai aceitar perder tão fácil.

Cheng apenas sorriu abertamente se inclinando em direção a mesa, suas expressões mudavam tão rápido e Wei sabia que aquilo significava que mais alguém morreria.

— Wei quero que faça algo — sibilou.

— O que? — se inclinou para perto.

— Atire em Meng Yao — declarou por fim — Nada para matá-lo apenas feri-lo ou assusta-lo. Eu lhe darei uma das armas do carregamento de Mingjue.

— E quando farei isso? — Wei perguntou.

— Quando eu for à casa de Xichen, você irá comigo depois suma pelos jardins mas se faça ser visto — se encostou sobre a cadeira novamente — Meng Yao sairá poucos minutos depois que eu chegar.

— Tudo bem, eu farei como desejar — se levantou — Mas se eu acertá-lo não é totalmente minha culpa.

— Desde que não o mate, ainda pode ficar com os braços e as pernas, a cabeça do verme é minha.

Você Vai Se Arrepender De Ter Me Conhecido - Xicheng. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora