As coisas sempre aconteciam da mesma forma quando se tratava dele, seu coração se agitava e era inevitável não sentir todo o sangue de seu corpo esquentar e correr mais rápido, as íris violetas sempre causavam um impacto quando estavam sobre si, era como se jogar de um abismo e esperar morrer, ele detestava como o silêncio fazia aquilo parecer ainda mais perigoso e arriscado, ele se sentia como se estivesse prestes admitir toda verdade que sempre esteve segurando guardando no seu mais profundo intimo, afinal ele havia descoberto que Meng Yao não era exatamente quem ele pensava que era e que talvez esteve ao lado de alguém nunca chegou a conhecer profundamente e agora o homem à sua frente de expressão fria, também soava como um, estranho? Mas ele sempre conheceu verdadeiramente Jiang Cheng, talvez esse fosse um Jiang Cheng que ele já não conhecia.
— Você diz que precisamos conversar — a voz aveludada preenche a sala — Mas se mantém em silêncio apenas me avaliando, deveria ser eu a começar algo?
— Desculpe — pronúncia ainda perdido — Eu apenas me perdi, minha concentração está um pouco abalada.
— Espero que seja um efeito causado por mim — um sorriso sobe aos lábios finos — E não pelo o que aconteceu nos últimos dias.
— É óbvio que aquilo me abalaria, foram centenas de homens mortos queimados — a uma certa exasperação em suas palavras — Gostaria que eu estivesse calmo como você?
Cheng revira os olhos rodando o café dentro da xícara que segura em suas mãos, ele apenas fica em silêncio sem responder esperando mais uma reação acima da média vinda de Xichen, que faz o mesmo que ele, espera.
— Você parece um jogador experiente — Xichen acusa — Sabe bem o que está fazendo, sabe bem como arrancar qualquer reação de alguém sem nunca perder sua compostura.
— Ah é? O que o faz crer nisso? — agora as íris violetas estão focadas completamente em si — Gostaria de ouvir você, Xichen?
— Aquelas perguntas que fez, naquele dia — se inclina aproximando seu rosto do outro — Ficaram em minha cabeça me obrigando a ir atrás das respostas, ou eu morreria se não as tivesse.
— E pela sua reação, você as conseguiu — Cheng ri — Está decepcionado ou está pronto para rebater meus argumentos?
Xichen engole em seco, Cheng não perde a compostura a nenhum momento, sua expressão calma permanece ali desafiando qualquer um a tirá-la, mesmo sabendo que isso não é possível.
— Você estava certo — as palavras saem de seus lábios — É isso que quer ouvir, não é? Pois aí está, você estava certo, Meng Yao é alguém que eu não conheço e não posso confiar.
— Estupidamente você deixou isso se prolongar demais, agora você sabe que eu tenho razão mas todas coisas aconteceram — Cheng aperta seus punhos — O que Meng Yao fez a você? Você sabe? Claro que não, mas isso não importa porque agora eu assumi o controle.
— Porque não me diz de uma vez? — se coloca de pé, aproximando-se de Cheng o cercando contra a cadeira com seus braços — Até aonde quer estender isso?
— Oras, você começou a entender uma parte, porque não continua? — coloca sua mão sobre o peito de Xichen, puxando sua gravata levemente — Descubra mais por si mesmo, descubra até onde a pequena cobra foi por você — Cheng o puxa e as posições são invertidas, agora ele está por cima e Xichen preso — Apesar de que eu entendo, você é alguém que qualquer um mataria pra ter.
— Você está jogando — ele se ergue e aproxima sua faces — Sempre que estamos conversando você faz algo para que tudo acabe assim.
Cheng sorri passando a língua sobre seus lábios, Xichen segue aqueles movimentos desejando mandar tudo às favas assim como seu controle, ele não exita quando sua mão segue para nunca do outro e depois para seus cabelos, logo suas bocas estão juntas em um beijo ávido repleto de desejo acumulado, ele não se importa em colocar Cheng em seu colo não quando o menor está devorando sua boca na mesma intensidade que ele, as respirações estão se misturando assim como pequeno arfares e gemidos que se desprende do lábios de Xichen quando Cheng rebola sobre seu colo. E então as bocas se afastam, respirações descontroladas, roupas amassadas, lábios inchados e olhos repletos de luxúria.
— Eu realmente sou o motivo de sua falta de concentração — Cheng tem agora um sorriso vitorioso em seus lábios — Eu realmente estou jogando e como sempre eu ganhei.
— Como se já não soubesse que iria ganhar — Xichen ri — Eu nunca pareço saber quando parar...
— Quando está comigo? — escorrega sua mão até o membro desperto de Xichen — Sabe, eu gostaria de saber como você ficaria, comigo dentro de você, indo rápido e fundo. Eu sou um homem completamente flexível.
O mais velho abre seus olhos que nem percebeu ter fechado, seu interior queima ao ouvir aquilo, algo crescendo dentro de si, Jiang Cheng tinha se tornado um puta homem quente. Ele quase reclama quando ele se levanta e ajeita seu terno, seus olhos caindo sobre sua figura bagunçada naquela cadeira.
— Me responda algo, você alguma vez se medicou? — a expressão suave está de volta.
— Sim, mas foi a muito tempo, eu parei depois que comecei a me sentir mal — sua voz sai com um pouco de dificuldade, ainda está se sentindo quente — Já fazem quatro anos que parei de tomar.
Cheng não responde mais uma vez, algumas coisas passam por sua cabeça antes de olhar para Xichen novamente.
— Vá a fundo na sua investigação sobre Meng Yao, um bom começo seria sobre seus sócios que deixaram esse mundo assim como seu sogro — caminha em direção a porta — Vai descobrir algo interessante sobre esse ramo empresarial.
— Está me dizendo, porque sabe que eu irei atrás?
— Estou lhe dizendo isso, porque você me pediu uma resposta, e essa é a minha resposta — abre a porta — As pessoas não sobem na vida honestamente, ninguém ganha milhões da noite pro dia, Xichen. Todos seus sócios foram da lama a ascensão e muito rápido, nunca quis saber como?
É tudo que diz antes de deixar a sala, Xichen ainda está caindo sobre a cadeira seu terno uma bagunça as palavras do mais velho como sempre caindo em sua cabeça.
— Ninguém sobe na vida honestamente, nem você Jiang Cheng?
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Você Vai Se Arrepender De Ter Me Conhecido - Xicheng. (EM REVISÃO)
أدب الهواةDedicado(a) : @Blue_Sea91 Ódio não era algo que rondava sua mente não no início quando ainda acreditava que amar era suficiente, não acreditava que alguém poderia ser tão estúpido e cruel ao ponto de lhe arrancar tudo apenas por um desejo ambicioso...